Oi, pessoal!
Tudo bom com vocês? Depois de vencer a preguiça infinita que
segue a produção de cada artigo, eu finalmente resolvi iniciar essa categoria
de posts. Explicando melhor, “Pipocão” é o nome que eu dei a uma série de
artigos em que eu analiso lançamentos do cinema recentes que eu tenha
conseguido assistir, muitas vezes mais de um ao mesmo tempo, para não entupir
demais o blog com o mesmo tipo de artigo. Aliás, já era pra eu ter começado com
isso ano passado, quando eu tinha feito análises de Jurassic World e
Exterminador do Futuro: Gênesis. Mas acabou que não terminei os artigos e nem
consegui assistir Homem Formiga (cuja análise iria junto aos outros dois) a
tempo. Agora eu finalmente venci a preguiça e vou começar com isso.
E sim, eu
sei que o nome é estúpido, mas foi o primeiro que me veio à cabeça e eu pensei:
“por que não?” Doravante, será esse o título.
Também
gostaria de lembrá-los que não sou nenhum especialista em cinema. Sou só um
desocupado (bom, não tanto quanto eu queria, mas mesmo assim) que gosta de
filmes de heróis e decidiu dar sua própria opinião. Tenham sempre isso em mente
antes de se dirigir aos comentários cheios de ódio no coração.
1-Batman VS Superman:
Esse é
talvez um dos filmes mais esperados de todos, e tem causado muita polêmica.
Muita gente gostou, muita gente odiou, e temos, como sempre, muitos fanboys se
manifestando, o que é inevitável. Eu fui ver o filme com todo esse conflito na
cabeça, tentando entender o motivo de toda essa controvérsia.
Então,
AVANTE, VINGADORES!
Muito bem
então, comecemos pelo mais importante: a história.
Pra falar a
verdade, eu sei que todo mundo já sabe qual a história do filme, mas pode ser
que um de vocês tenha saído ontem de uma caverna ou esteve envolvido em guerras
no oriente médio nos últimos dois anos, então vou atualizá-los aqui.
Batman vs
Superman começa de onde Homem de Aço (o primeiro filme do Universo
Cinematográfico DC) termina. A destruição causada na batalha entre Superman e
os outros kryptonianos deixou severas consequências e muitos mortos e feridos.
As opiniões estão divididas, seja na população, no governo ou na mídia: alguns
acham que o kryptoniano é um herói, enquanto outros defendem que ele é perigoso
e que boa parte da destruição de metrópolis foi causada por suas ações. Entre
estes discordantes está Bruce Wayne, que passa a encarar o herói como uma
ameaça depois da morte de um grupo de seus funcionários em Metropolis. Ele
decide, então que superman deve ser detido a qualquer custo, e assume mais uma
vez a persona do Batman para detê-lo. Enquanto isso, Lex Luthor realiza seus
planos nas sombras, com nefastos objetivos em mente.
Primeiramente,
o roteiro por si só não se sustenta muito bem. É muito arrastado, confuso e
cheio de cenas e subplots desnecessários. A edição bizarra do filme também não
ajuda, com as cenas unidas de um jeito desconexo, que torna difícil compreender
a sequência dos acontecimentos e torna a progressão da história confusa. O
filme tenta se distanciar da concorrência tentando ser um filme “sério” e “dark”
e “realista”, o que seria uma coisa boa, pois a DC DEVE encontrar seu próprio
estilo e se distanciar dos filmes já existentes, mas o filme acaba exagerando
por várias vezes, distanciando-se demais do que costumamos ver dos personagens
nos quadrinhos e entregando um roteiro forçado e muitas vezes cansativo.
E, em minha
opinião, é besteira ficar buscando “realismo” em filme de super herói. Se eu
quisesse realismo, ia assistir A Lista de Schindler. Claro, isso é opinião
pessoal. Se o realismo no filme é uma coisa boa ou ruim, vai de cada um.
Como todos
sabemos, esse filme tem a proposta de introduzir muitos elementos chave do
universo cinematográfico da DC, mas uma de suas maiores falhas é justamente
nesse aspecto. Na pressa de introduzir seu universo cinematográfico, a DC
tentou enfiar coisa demais na história. Eles tentam estabelecer um universo,
mas a história é tão carregada que os personagens parecem não ter tempo de se
desenvolver e a história vai do nada a lugar algum, e acontecem coisas que
deveriam ter sido deixadas mais para a frente, como, por exemplo, a aparição de
Apocalipse, que deveria ser deixado para os filmes da liga, ou o final do
filme, que não vou contar aqui pra não dar spoiler aos que ainda não assistiram.
E nem falo
nada sobre o jeito preguiçoso como introduziram a liga da justiça.
-Um homem grande com armadura. Sem isso, você é o quê? -Gênio, bilionário, playboy, filantropo... |
A
caracterização dos personagens me deixou dividido: em alguns casos, eu adorei e
em outros, realmente odiei, então vou falar mais detalhadamente sobre, para que
fique mais claro.
Primeiramente,
o Superman não me agradou. Durante todo o filme ele parece confuso e perdido,
sem motivação alguma, e eu até acho que isso seria legal em um Homem de Aço 2,
mas num filme em que ele tem uma disputa não só física, como também ideológica
com um personagem que está mais que determinado a derrubá-lo, acho importante
ele já ter confiança em sua motivação. A falta de expressão do Henry Cavill
também atrapalha, apesar de eu achar que isso é mais por culpa do roteiro.
Enfim, eu não consegui me importar com esse superman sem rumo.
E claro, o
Lex Luthor.
Meu deus, o
que fez eles pensarem que isso era uma boa ideia?
Acho que nem
preciso dizer muito. Não só o personagem é extremamente caricato e destoa
demais não só do tom do filme, mas também do personagem original dos
quadrinhos, como tem praticamente zero motivação. O filme simplesmente não se
preocupa em explicar por que ele odeia tanto o super. Ele mais parece aqueles
adolescentes emo revoltadinhos, que ficam bancando os rebeldes sem motivo e se
acham os tais.
E nem me
venham com esse papo de “Ah, não é o verdadeiro Lex, é o filho dele!”. Isso é
uma desculpa preguiçosa dos produtores para tentar justificar essa abominação.
E o
apocalipse também é decepcionante. Não só teve uma origem totalmente ridícula e
confusa, como também não representou metade da ameaça que deveria. Eu acho que
ele deveria ter sido guardado para os filmes mais à frente, em vez de ser
reduzido a um boss final de videogame.
E tem o caso
do Batman.
Por um lado,
eu adorei a atuação do Ben Affleck. Finalmente temos um Batman que realmente
mete medo nos adversários e que sabe brigar, além de ser ótimo vê-lo fazendo
trabalho de detetive. Por outro, não gostei do fato de que, aqui, Batman, mata.
E COMO mata.
Agora, eu
não sou totalmente contra um Batman matador. Afinal, ele já matou em momentos
extremos, até mesmo em Batman Begins, quando ele deixa Ra’s Al Ghul para
morrer. Além disso, o Batman desse universo está mais velho e calejado, e
sabemos que um Robin já morreu, então faria sentido que ele adotasse métodos
mais extremos. No entanto, eu achei exagerado o modo como retrataram isso.
Aqui, o vemos JOGANDO CARROS NOS BANDIDOS, só pra se ter uma ideia. Parece que
tentaram tornar o personagem mais “adulto”, brutalizando-o até um ponto em que
ele é quase um Frank Castle da vida. Claro, nada disso é culpa de Affleck. Ele
realmente é o Batman definitivo e, sinceramente, mal posso esperar pra ver mais
dele no cinema. Além disso, a questão da matança pode não incomodar todo mundo.
Vai de cada um, mas pessoalmente, não me agradou.
Meu nome é Bruce Wayne. Meu mundo é fogo e sangue... |
A
Mulher-Maravilha de Gal Gadot também é outro ponto muito positivo. Gadot mais
do que mostrou que está apta a interpretar a personagem, demonstrando sua
imponência e poder em todos os momentos que aparece, desde os momentos mais
casuais com Bruce Wayne até a grande batalha final contra o apocalipse. E
finalizando a área dos personagens, o Alfred de Jeremy Irons também é outra
grata surpresa. A relação entre ele e Bruce Wayne é muito crível e o ator
consegue transmitir toda a seriedade e dedicação, e também o sarcasmo do
personagem muito bem.
As cenas de
ação são muito boas. Quando Batman e Superman finalmente vão às vias de fato, é
incrível. As cenas em que batman enfrenta os bandidos no mano a mano também são incríveis, lembrando muito o estilo de luta da série de jogos Arkham, e a luta da trindade contra apocalipse é tudo o que boa parte dos fãs
da DC sempre quiseram ver no cinema. O filme também apresenta uma boa
quantidade de referências aos quadrinhos, podendo se tornar uma divertida caça
ao tesouro Pra quem gosta de procurar referências.
Se eles ao menos tivessem esperado por mais alguns filmes... |
Para
finalizar esta crítica, digo que Batman VS Superman foi feito muito cedo. Na
pressa de fazer em dois filmes o que a Marvel precisou de seis para fazer, eles
tacaram muitos personagens e conflitos no filme, que ficou tão cheio que não
teve espaço para realmente desenvolver quase nada. Na minha opinião, esse filme
deveria ter sido deixado mais para frente. Como a Marvel, a Dc deveria ter
inserido os heróis e vilões aos poucos, Um filme da mulher Maravilha aqui, um
Homem de Aço 2 ali, até que chegássemos a Batman VS Superman, que, com um
universo e personagens já estabelecidos, teria sido bem menos cheio e
cansativo.
“Ah, mas
você só fica comparando com a Marvel! Você é Fanboy!”.
Não, eu não
estou comparando qualidade (até porque há filmes da Marvel que são tragédias
maiores que Columbine. Veja homem de ferro 3, por exemplo), estou falando de
construção de universo, e de como a DC devia ter sido mais paciente, em vez de
correr com toda sede ao pote. O que quero dizer é que a Marvel, com todas as
suas falhas, construiu seu universo aos poucos, de forma planejada, e conseguiu
entregar
filmes de boa qualidade.
No fim das
contas, esse é, quando muito, um filme mediano, possuindo muitas falhas que não
se podem deixar passar. Uma história mal-desenvolvida, que não tem tempo de se
desenvolver e que vai do nada a lugar algum, a má caracterização de alguns
personagens e péssimos vilões. Contudo, alguns momentos fazem valer a pena a
seção, e quando os personagens são bem representados eles realmente ficam
ótimos.
Eu daria
nota cinco de dez. Se você só quer ver os personagens brigando ou o visual do
filme te agrada, pode ser que goste. Mas se você quer ver um universo sendo bem
estabelecido e um conflito bem justificado com uma boa história, não vai
encontrar aqui. Pessoalmente, acho que seria melhor esperar sair o blu-ray, que
trará algumas cenas deletadas, e ver se isso conserta algumas falhas ou caga
ainda mais no filme.
Bem, é isso.
Próximo!
2-Capitão
América: Guerra Civil
Bem, parece
que a treta entre heróis ainda não terminou por hoje. Já que BVS não
correspondeu devidamente a nossas expectativas, vejamos o que a distinta
concorrência tem a oferecer.
Em Capitão
América: Guerra Civil, as consequências de tantos conflitos entre superseres
começam a vir à tona. Após uma operação má sucedida na Nigéria, que causou a
morte de civis, os super heróis se veem diante de uma situação complicada
quando surgem os acordos de Sokóvia, que tem o intuito de passar o controle das
ações super-heróicas á ONU, mas divergências surgem, pois nem todos concordam
com o tratado. As coisas pioram quando Bucky Barnes, o Soldado Invernal, passa
a ser procurado por supostamente ter sido responsável por um atentado
terrorista que mata diversos líderes mundiais. O Capitão o encontra, mas se
recusa a entregar seu amigo, o que acaba sendo a gota d’água que divide os
super-heróis em duas facções, uma liderada pelo Capitão e outra pelo Homem de
Ferro, e as coloca em conflito.
O filme é
dirigido pelos mesmos caras que dirigiram O Soldado Invernal, Anthony e Joe
Russo, então espera-se que o filme tenha mantido a qualidade de seu antecessor,
e foi exatamente o que aconteceu. Temos um filme com uma trama sólida e que se
sustenta, com confrontos épicos e momentos de humor bem dosados, apesar de um
pouco mais exagerados aqui do que no longa anterior. Se o Soldado Invernal é
melhor ou não, vai de cada um.
A história é
bem satisfatória. A trama é bastante sólida e bem construída, mostrando até
onde as ações e discordâncias dos filmes anteriores levaram. Apesar do foco do
filme ser em Rogers e Stark, cada personagem tem tempo de se desenvolver e tem
alguma importância para a trama. Os personagens antigos continuam excelentes e
os novos foram introduzidos de maneira excepcional e nos deixam bastante
ansiosos por seus filmes solo.
É importante
avisar que este filme não é uma adaptação 100 % fiel ao quadrinho original. Em
vez disso, ele constrói uma trama própria, utilizando alguns elementos do
quadrinho e adaptando alguns momentos chave de maneira que encaixem melhor no
filme. Mas não espere ver cada momento do quadrinho fielmente reproduzido na
tela, pois não é o que irá encontrar.
Claro, é
importante falar sobre os personagens. Os personagens que já foram introduzidos
a mais tempo, como gavião arqueiro e máquina de combate, continuam bons como
sempre e os que foram introduzidos mais recentemente, como feiticeira
escarlate, visão e homem-formiga recebem mais atenção e desenvolvimento. Surgiu
um clima bem legal entre a feiticeira e o visão, e a participação do
homem-formiga é um tanto curta, mas muito divertida. Ele nos faz rir em quase
todo momento em que aparece na tela.
Claro que
não posso deixar de falar dos novos personagens, começando pelo pantera negra.
Ele é um dos melhores personagens do filme. Ele é extremamente habilidoso e é
incrível em todas as cenas que aparece, e Chadwick Boseman está muito bem no
papel. Se ele continuar assim, seu filme tem tudo para ser um dos melhores da
casa das ideias.
Batman africano é o cacete, ok? |
E, claro, o
homem-aranha.
Sua
participação é a mais curta, mas uma das melhores, senão a melhor. Ao lado do
homem-formiga, ele é um dos personagens mais engraçados do filme, e quase todas
as cenas em que aparece são hilárias. E o ator Tom Holland conseguiu fazer um
grande trabalho com o pouco tempo de tela que teve. Não só incorporou muita bem
a personalidade brincalhona do personagem, como também podemos ver um pouco da
responsabilidade e culpa que são aspectos igualmente importantes para o aranha.
É cedo para dizer, mas Holland é bastante promissor e, com o tempo, talvez
venha a se tornar o melhor homem aranha do cinema.
Infelizmente,
Zemo (ainda não podemos chamá-lo de barão), o vilão, deixa a desejar.
Veja bem, eu
não odiei o personagem. O ator Daniel Bruhl estava bastante convincente e até
que ele conseguiu ser uma ameaça maior do que a maioria dos vilões da editora,
mas acho que o personagem se distanciou demais dos quadrinhos. Não vou entrar
em detalhes sobre isso para não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu,
mas achei que sua motivação foi destoante demais da do personagem original.
Além disso, o filme poderia ter se virado sem ele. Acho que a Marvel pode ter
perdido a oportunidade de introduzir um vilão espetacular.
Tenho que
falar sobre o final do filme (mas não se preocupe, sem spoilers). Apesar de ter
sido bom o jeito como as coisas culminaram, achei um tanto estranho o homem de
ferro ignorar o vilão que estava tão perto e decidir, em vez de capturá-lo,
enfrentar o capitão América. Claro, uma revelação bastante chocante foi feita a
Stark, mas mesmo assim, foi um tanto estranho. Apesar disso, acho que o filme
termina de um modo bastante satisfatório e constrói terreno para os próximos
filmes.
Em resumo,
Capitão América: Guerra Civil é um filme muito bom. A trama se sustenta
sozinha, apesar das falhas, os personagens são excelentes, os personagens novos
são muito bem introduzidos e, acima de tudo, o filme é muito divertido. Talvez
não supere Soldado Invernal para alguns, mas isso não interfere em sua
qualidade. Eu daria nota oito, pois as falhas do filme não chegam a arruinar a experiência.
É bastante recomendável, mas não vá assistir esperando uma reprodução fiel do
quadrinho homônimo, pois não é isso que irá encontrar.
Bem, por
hoje é isso. Se você gostou do blog, divulgue entre os amigos, compartilhe nas
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