terça-feira, 8 de setembro de 2015

Review: Splatterhouse ( Xbox 360/ Playstation 3)


E hoje vamos falar sobre um game DUCARALHU! Splatterhouse!

Para quem não conhece, Splatterhouse é uma série de games side scroller e Beat’em up com tema de terror gore e que nasceu nos arcades em 1988, desenvolvido pela Namco, no japão. O primeiro game foi portado deste lado do mundo para o turbografix 16 (console norte-americano que eu imagino que a maioria de vocês não conheça), mas a série alcançou a fama por aqui com o segundo e terceiro jogos, que saíram direto para o mega drive em 1992 e 1993, respectivamente. A série estava jogada de lado pela Namco até que em 2007 foi anunciada a produção de um novo splatterhouse, que foi lançado em 2010.

Agora, vocês podem estar se perguntando porque eu estou fazendo uma review de um game que levou um tempo considerável para ser produzido e foi lançado cinco anos atrás? Simples: porque eu acho que o game sofreu muita injustiça.

Na época em que foi lançado, splatterhouse foi escorraçado pela crítica “especializada” e recebeu notas baixíssimas mundo afora, o que obviamente prejudicou o desempenho do game em vendas. E isso foi muito injusto porque, apesar de Splatterhouse não ser um game perfeito, ele é sim muito bom e eu devo dizer que é um dos games de ação mais satisfatórios a serem lançados em anos.

Acham que estou exagerando? pois vejamos então.

Ah, e antes de começar, quero deixar claro que boa parte dessa análise vem da minha opinião após ter jogado. Então, se discordar de alguma coisa, mostre sua opinião nos comentários de forma racional, sem xingamentos ou ofensas. E peço que vocês me avisem e corrijam sobre qualquer informação errada que eu passe nesse texto, para que eu possa corrigi-lo futuramente.

Então, sem mais delongas, aí vamos nós.




O conceito da história é simples e nada surpreendente para quem é fã de longa data da franquia: Rick Taylor (o protagonista do game) e sua namorada Jennifer Willis vão à mansão do Dr. Henry West, um especialista em “Necrobiologia”, para fazer uma entrevista com ele para a universidade. Ao chegarem lá, Rick é atacado pelos monstros de West e deixado para morrer, enquanto Jennifer é levada. Estripado e morrendo, Rick ouve uma voz que vem de uma estranha máscara que ele derrubou de um sarcofago acidentalmente. A máscara lhe diz que pode lhe dar o poder necessário para salvar Jennifer se ele confiar nela e a vestir. Sem escolha, Rick veste a máscara e se torna um bruto de músculo puro, e parte para salvar Jennifer.

Para os iniciados ou que não conheçam a franquia, a história pode parecer vaga e desinteressante de início, mas ela expande e fica melhor à medida que avançamos no game. A história é contada através de flashbacks de Rick e diálogos dele com a máscara, e através deles descobrimos as respostas para muitas questões que surgem ao longo do jogo, por exemplo: O que aconteceu na noite em que Rick e Jennifer foram à mansão, de onde a máscara veio e quais são seus verdadeiros objetivos, o que aconteceu ao Dr. West no passado e a quem ele realmente serve, entre outras. Além disso, também há gramofones espalhados pelas fases e páginas desbloqueáveis do diário de West (dos quais falarei mais daqui à pouco), que complementam e dão suporte à narrativa. Além de tudo isso, a história é razoavelmente complexa e pode deixar algumas dúvidas na cabeça dos jogadores, principalmente no final. Outra coisa muito legal na história é que ela possui um forte tema lovecraftiano, e muitos elementos chave dos livros de lovecraft, como o necronomicon, a cidade de arkham e a universidade miskatonic, os Deep Ones e até mesmo Cthulhu e os Grandes Antigos são vistos ou mencionados aqui. Os fãs do escritor com certeza vão adorar o número absurdo de referências sobre suas histórias.




Se a história é ótima, isso é em grande parte por causa de seus personagens. Há apenas Rick, Jennifer, A máscara e o Dr West, mas todos são muito bem desenvolvidos e ajudam a dar andamento há história. O astro é sem dúvida a máscara do terror, que é um espírio boca suja, maldoso e sedento de sangue. Ao longo do game, ele solta varias pérolas, insuta Tanto Rick quanto os inimigos do jogo e parece aproveitar ao máximo toda a violência e atrocidade ao seu redor, enquanto possui objetivos que só serão explicados ao final do game. Mas os outros personagens não ficam atrás. Rick e Jennifer tem um relacionamento bastante crível, apesar de serem tanto esteticamente compatíveis. Até o fim do jogo você realmente acredita que eles se importam muito um com o outro e passa a se importar com eles também. E é interessante o modo como Rick reage à situação ao seu redor e aos atos inumanos que tem de cometer. Ele tenta permanecer humano e nega estar aproveitando a violência, além de resistir ás tentações da máscara. No entanto, em alguns momentos ele parece se divertir bastante ao matar e desmembrar monstros impiedosamente. Quanto ao doutor West, ele pode parece um cientista louco genérico de primeira, mas ao longo da história suas motivações são explicadas em diários e gravações, o que o torna um personagem bem mais crível e profundo do que imaginávamos.

E muito disso se deve ao incrível trabalho de dublagem presente no jogo. Jim Cummings brilha como a máscara do terror dando ao monstro a personalidade violenta e desagradavel que tanto amamos, e Josh Keaton também faz um ótimo trabalho com Rick, dando uma enorme gama de emoções ao rapaz. Shanelle Gray e Richard Doyle também fazem um ótimo trabalho com Jennifer e West. E temos Fred Tatasciore na dublagem dos monstros! O que poderia ser melhor que isso?

O jogo também traz uma alta quantidade de conteúdo extra e melhor, sem DLC, tudo desbloqueável no próprio disco. Podemos encontrar colecionáveis como os já mencionados gramofones e pedaços de fotos de Jennifer (Sobre as quais digo apenas que você não vai precisar procurar hentai na internet mais tarde). À medida em que progredimos no game, desbloqueamos as já mencionadas páginas do diário, Arenas de sobrevivência (seis ao todo) nas quais podemos por em prática nossas habilidades dizimando hordas de aberrações e o melhor de tudo, podemos desbloquear OS TRÊS GAMES COMPLETOS DA SÉRIE ORIGINAL, COBERTOS DE GLÓRIA E VIOLÊNCIA!

Sim! Esse é o momento de você finalmente terminar um Side scroller das antigas e se tornar UM HOMEM!

UM HOMEM, EU DIGO!

E pensar que esse cara é um dos
bosses mais fáceis no jogo original.

Aliás, devo dizer que faz tempo que não vejo tão bom uso de colecionáveis num jogo. Pois, diferente de outros games onde colecionáveis são dificílimos de achar e não rendem quase nada de recompensa para o jogador, esses colecionáveis não são muito difíceis de achar ou desbloquear e se convertem em ótimas recompensas que aumentam nossa experiência de jogo.

E se acham que estou reclamando à toa, me diga que recompensa você ganhou depois de achar todas as COG tags em gears of war ou as bandeiras de assassin’s creed.

Também tiro meu chapéu para a Namco, que teve as bolas de incluir conteúdo extra num jogo sem cobrar por eles, em um mundo onde cada vez mais as empresas nos fazem pagar por conteúdo extra sem qualidade ou que às vezes JÁ ESTÁ NO DISCO!

SIM, CAPCOM! É COM VOCÊ MESMO QUE ESTOU FALANDO!

Enfim, é bom ver que algumas empresas ainda respeitam os consumidores em vez de cagar na cabeça deles e esperar que aceitem. Parabéns, Namco! Você merece um grande abraço!

E um biscoito.
Pronto, aqui está: um biscoito.


As mecânicas são bastante simples. Rick pode correr, pular, bloquear, rolar e e dar golpes fortes e fracos. O combate é simples mas satisfatório. Você tem basicamente ataques fortes e fracos, mas pode ampliar suas habilidades comprando power ups em troca de sangue. Além dos golpes, Rick também pode usar armas, como canos, cutelos, motosserras e UMA GODDAM SHOTGUN! Essas armas garantem certa vantagem sobre os inimigos, mas quebram com  tempo. Rick  pode acumular sangue dos inimigos, que funciona como dinheiro para a compra de power ups e ativa os movimentos especiais, que são: Splatter Siphoon, uma espécie de filtro que recarrega a saúde de Rick com o sangue dos inimigos, Splatter slash, duas lâminas que saem dos braços de Rick, splatter smash, que um golpe que esmaga os inimigos e cria espinhos de ossos que causam dano, e por último e mais importante, o modo Berserker, que transforma Rick numa besta ainda maior e mais destrutiva e quase impossível de ser derrubada. Esse modo dura um tempo determinado, então você deve usá-lo sabiamente.


Se a coisa ficar feia, é só virar um monstro ainda maior e
descer o cacete em todo mundo.

Há também alguns segmentos do jogo em 2D, que podem parecer incomodos para quem nunca teve contato com essa jogabilidade de ínicio, mas que se tornam bastante divertidas quando se pega o jeito. Também são um alívio necessário da ação e que ajudam o game a fluir.




A trilha sonora é matadora. Rock do melhor e do mais pesado toca durante as batalhas, de bandas como ASG, Municipal Waste, Goatwhore, Lamb of god e Five Finger Death Punch, te enchendo de adrenalina e aumentando ainda mais a ação. E eu garanto que em algum momento você vai se pegar cantarolando a música que toca durante os créditos finais.

Apesar disso, o game tem alguns problemas que não estragam a diversão, mas atrapalham às vezes.  O pior são as telas de Loading. São longas e irritantes e ocorrem sempre que você morre ou muda de cenário. E há partes o jogo em que você deve pular para alcançar um deterinado ponto. O problema é que o jogo não explica muito como você deve pular, e em alguns momentos você sequer entende que precisa pular. O pior é que nessas partes tudo geralmente está desmoronando mais rápido do que você consegue entender o que está acontecendo, o que causa muitas mortes. Juntes dois pontos que realmente atrapalham a aventura e temos um grande problema em mãos.

Há também alguns pequenos glitches e bugs no áudio e animação, que costumam acontecer na cutscenes. Apesar de não serem frequentes, são um tanto incomodas quando acontecem.

Além de tudo isso, temos uma variação pequena de inimigos, e os Splatter Kills, que são finalizações sangrentas ao melhor estilo fatality, apesar de parecerem sangrentas e incríveis de início, se tornam repetitivas com o tempo, e não empolgam muito mais. Não estou dizendo que não sejam legais, apenas a falta de variação foi que deixou a desejar.

Parece legal, mas vai ficar repetitivo bem rápido.

Apesar disso, a crítica “especializada” apresentou problemas como câmera ruim, queda na taxa de quadros,  jogabilidade repetitiva e outros problemas que SIMPLESMENTE NÃO ESTAVAM ALI! Eu não notei nada disso no jogo, e olha que já zerei três vezes!

Outro ponto a acrescentar é que o jogo é curto. Isso não é ruim, na verdade, pois impede que o jogo vá muito além do que deveria e se torne enjoativo, mas deixa um gostinho de quero mais. Se isso é realmente um problema ou não, vai de cada um.

Enfim, isso era tudo que eu tinha para falar sobre o game. Apesar de suas falhas, Splatterhouse é um game ótimo e muito divertido, e seu conteúdo extra, além de gratuito, ainda amplia sua vida útil, mas tudo isso simplesmente passou voando nas cabeças dos críticos, que provavelmente jogaram o jogo por meia hora até cansarem de jogar um título que, em sua opinião, é “inferior”, e cuspiram críticas injustas que impediram um ótimo jogo de conseguir a fama e a venda que mereciam.

Ou talvez a Namco tenha esquecido de suborná-los. Sei lá.

Não estou dizendo que o jogo é perfeito, pois ele tem vários defeitos que atrapalham a diversão de tempos em tempos. Mas é que me dá raiva ver um jogo perfeitamente decente ser tão cuspido e escarrado por imbecis que se dizem profissionais quando na verdade não entendem merda nenhuma sobre o que estão dizendo. Me irritei um bocado aqui, mas acho que me fiz entender.

Enfim, dou a Splatterhouse uma nota 8,5. O game possui alguns problemas que atrapalham a diversão, mas é um ótimo título de ação que definitivamente merece uma chance. E hoje em dia, não é encontrado a preços tão altos. Então, meu conselho é: dê uma chance ao jogo, pois ele merece bem mais amor do que recebeu.

E se você busca um título de ação violento, divertido e descompromissado, vai na fé!

Mas fique longe desse jogo se você não curte jogos de ação, gore ou nudismo.

Bem, por enquanto é isso. Obrigado por ler e, se gostou do blog, siga e divulgue nas redes sociais, e comente aí embaixo também.

Até a próxima!

Fontes:
Happy Video Game Nerd (atualmente Stop Skeletons From fighting): https://www.youtube.com/watch?v=lpVmk9Hi-ek


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Uma análise sincera de "homem aranha superior"



Olá, leitores ( a maioria dos quais vieram parar aqui acidentalmente). Hoje eu vou falar sobre um arco muito polêmico na história do herói aracnídeo: O homem aranha superior.

Para as pessoas que vivem numa caverna  não sabem do que se trata (ou para aqueles que tem uma vida que não consiste unicamente em quadrinhos e em postar suas ideias num blog obscuro) homem aranha superior foi uma fase dos quadrinhos do aracnídeo que durou de 2013 a 2014 nos Estados Unidos e de 2014 a 2015 no Brasil, em que Otto Octavius, para salvar sua vida, troca de corpo com Peter Parker, que acaba morrendo em seu corpo. Octavius, inspirado pelas memórias de Peter, decide continuar seu legado, tornando-se um herói... superior.

Sim. Eu sei o quanto essa premissa parece confusa e imbecil.

O fato é que, quando essa fase foi anunciada, gerou hate absoluto entre os fão do aranha. Sim, eles ficaram tão putos e indignados... que continuaram lendo as revistas do mesmo jeito, reclamando pra quem quisesse ouvir que a Marvel acabou com o homem aranha.

Enfim, a saga chegou, muitos leram, não pararam um minuto pra analisar um pouco a história e foram postar na internet o quanto essa saga denegria ainda mais o aranha e que a Marvel acabou nos anos 80 e toda essa merda que fanboy abilolado saudosista adora cagar pra tudo quanto é canto na internet. Muitos outros nem sequer leram e saíram metendo o pau na saga internet afora e reclamando as mesmas porcarias que os que leram. 

Eu, como fã extremo do herói desde que me entendo por gente (como vocês podem ver na imagem de fundo do blog) mesmo já esperando ler a pior merda já feita na história da humanidade, comprei e li os gibis, e devo dizer que fui positivamente surpreendido. As histórias foram muito boas e devo dizer que achei que são uma das melhores coisas a acontecer ao aracnídeo recentemente.

Claro, a história não é perfeita e tem suas falhas, mas acho que consegue compensar por elas de um jeito bem satisfatório, e hoje eu estou aqui para apontar os acertos e erros da história e tentar fazer uma análise honesta dela.

Antes de começar, eu quero avisar que boa parte do que está escrito aqui foram erros e acertos que eu enxerguei na história, e este é o meu ponto de vista particular depois de ter lido, então você pode não concordar com alguma coisa,mas o importante é que possamos debater racionalmente depois.

Agora, chega de papo furado e vamos em frente.


Pontos positivos:


  A história deu mais profundidade a Otto Octavius.



Sejamos francos, a Marvel nunca se preocupou em dar muita profundidade ao doutor octopus.

Outros vilões, como duende verde, Kraven e até venom tiveram um maior aprofundamento em suas histórias, o que os consagrou como alguns dos maiores inimigos do aranha, mas octopus, mesmo estando nessa lista, nunca teve grande aprofundamento. Pelo menos até onde me lembro, ele sempre foi mostrado como o cientista louco que odiava tudo e todos e ao aranha acima de tudo e acabava apanhando pro herói no final. Ele nunca recebeu muito aprofundamento ou mesmo um arco próprio relevante, como A última caçada de Kraven.

E aqui ele é mostrado com uma tridimensionalidade que pouco vimos antes. Ele finalmente tem a chance de entender suas motivações, seu ponto de vista sobre o mundo, as pessoas da vida de Peter, Sobre o próprio Peter, seu manto e sua responsabilidade. Ele é retratado como alguém não completamente mau, mas apenas uma pessoa sem rumos na vida e que pode aprender com a experiências e pessoas a seu redor e se tornar alguém melhor. Apesar de seus defeitos, ele é uma pessoa normal que comete erros e que pode aprender com eles e melhorar.

Outro aspecto que enriquece a narrativa é que, por mais que Octavius mude, a personalidade do doutor Octopus nunca realmente desaparece, e sua arrogância o faz cometer erros e passar por situações que o fazem mudar seu jeito de pensar e agir, o que torna a história mais crível. Ao fim do arco, Octavius acaba se tornando uma pessoa diferente e nós passamos a nos importar com ele de uma forma que nunca imaginaríamos.


 Trouxe uma lufada de ar fresco para as histórias do herói



Isso é triste, mas temos que concordar: as histórias do aranha estavam estagnadas.

Os roteiros estavam extremamente repetitivos e não iam a lugar algum. Tinhamos a mesma história quase todo mês e alguns arcos bem toscos. Isso sem citar a presença de certa forma frequente do Humberto Ramos na revistas, e acho que a maioria de vocês sabe o quanto a arte dele é atroz.

E Homem Aranha Superior trouxe uma vida nova para as revistas do aranha. A jornada de Octavius para conseguir redenção traz um elemento novo às histórias, pois Otto Octavius tem um jeito de ver as coisas muito diferente de Peter Parker, o que faz a história tomar um rumo diferente do que estaríamos acostumados. Além disso, a jornada de Octavius para se redimir traz um tom novo para as histórias também. É interessante porque o vilão não está meramente buscando redenção, ele assumiu a pele do herói, e ele precisa mudar seu jeito de ser se quiser se tornar alguém melhor, o que também modifica as histórias e traz certos elementos que não veríamos normalmente. Seu modo de lidar com os vilões, ainda que muitas vezes exagerado, também traz algo novo às história.


A volta triunfal do duende verde


Há algum tempo, Norman Osborn andava meio sumido.

Sim, depois de infernizar a vida dos heróis durante o reinado sombrio e de ser preso, ele ficou um tempo sem dar as caras, até que seu corpo “desaparece”.

Mas todos nós sabíamos que ele voltaria.

E isso é que foi retorno! Não só ele consegue organizar um grande exército bem debaixo do nariz do aranha, mas também bola um plano genial para destruí-lo, se beneficiando das ações do próprio aranha contra o crime para atingir seus objetivos. E ele põe seu plano em prática de forma muito inteligente, tanto que o aranha não nota seu retorno até ser tarde demais.

É muito interessante vê-lo pondo seu plano em prática. Ironicamente, é como uma aranha construindo uma teia: Ele vai plantando suas sementes e conseguindo seus objetivos aos poucos, nunca revelando seu plano por completo. Quando Octavius menos espera, já é tarde demais. Isso acrescenta bastante suspense à história e nos deixa mais empolgados para saber o que vai acontecer

Não posso falar muito mais sem dar spoilers, mas garanto que o retorno do duende por si só já faz valer a pena a leitura.


Otto conseguiu lidar com situações que Peter não conseguiria



Esse com certeza é o item que vai gerar mais choro, mas vamos em frente.

Durante a história, vemos Otto Octavius trabalhar de um jeito bem diferente de Peter Parker: ele é mais determinado e estrategista, mas seus meios quase sempre são extremos. E eu tenho que concordar que muitas vezes ele exagerou ao lidar com vilões meia boca como o bumerangue e o abutre, e falo mais sobre isso daqui a pouco, mas ele também se deparou com situações que, convenhamos, teriam deixado Peter num mato sem cachorro,  e conseguiu resolvê-las com perda mínima de vidas, e isso aconteceu porque Octavius costuma analisar os inimigos antes das batalhas, utilizando seus pontos fracos contra eles,e, mesmo quando é pego numa situação inesperada, ele se adapta rápido o suficiente a ela. Além disso, ele conta com outros métodos para ajudar a capturar os vilões, principalmente os aparelhos que cria, que fazem muito bem o trabalho na maioria das vezes.

Não só a abordagem diferenciada de Otto Octavius traz um elemento novo às histórias, como também é interessante que ver que por mais extremos e pouco ortodoxos que seus métodos possam ser, às vezes eles realmente funcionam. Claro que sua arrogância o faz cometer erros graves muitas vezes, mas é interessante ver quão rápido ele consegue inverter ás coisas a seu favor e sair de situações que seriam demais até para o próprio Peter Parker.


A reinserção do homem aranha 2099 no universo marvel


Ok, talvez alguns de vocês não saibam quem diabos é homem aranha 2099, então eu vou explicar brevemente

Nos anos 90, a Marvel decidiu recriar alguns de seus heróis em um mundo com um estilo mais similar aos filmes de ficção científica, num estilo meio Blade Runner, e, assim, nasceu o universo 2099, um futuro paralelo em que a terra é dominada por megacorporações e a tecnologia domina tudo. Muitos personagens, como o hulk, o motoqueiro fantasma e o aranha receberam mudanças não apenas em sua identidade, mas em sua história. No caso do aranha 2099, ele era um sujeito chamado Miguel O’ Hara que trabalhava na corporação Alchemax, num projeto que pesquisava os poderes de Peter Parker, mas um acidente fez com que ele ganhasse estes mesmos poderes e se tornasse o aranha 2099. Ele também possui alguns novos poderes, como garras e uma peçonha derivada de glândulas em seus punhos.

Dei uma baita resumida aqui, mas já me fiz entender.

No entanto, com as baixas vendagens da revista, a marvel decidiu descontinuar a linha, e muitos personagens desse selo, incluindo o próprio O'Hara, acabaram esquecidos.

Então, O’ Hara finalmente volta nesse arco, devido a uma viagem temporal. E o interessante é que ele se lembra de Peter, mas Otto não se lembra dele, o que causa alguns conflitos. Também gostei da maneira como ele foi utilizado no arco. Ele apareceu muito pouco, mas suas participações foram muito boas. E o personagem fez tanto sucesso que acabou ganhando revista própria. Para quem sentia saudade do personagem, vale a pena ler essas histórias antes que a nova mensal seja lançada por aqui.


O final é ótimo


Não há muito o que dizer aqui sem dar muitos spoilers, mas o final é realmente muito bom. Ele nos permite ver o quanto Octavius evoluiu como pessoa, passando de um homem cheio de ódio a alguém disposto a qualquer sacrifício para salvar aqueles que ama. Sua última conversa com Peter também é ótima e é bem capaz de invocar ninjas cortadores de cebolas.

Enfim, vou parar este item por aqui, antes que eu revele demais. É melhor que vocês leiam por si próprios.


Pontos negativos:

Em alguns momentos, a evolução do personagem é simplesmente descartada


Pode parecer que estou contradizendo boa parte do que eu disse nos itens anteriores, mas continue lendo e você vai entender.

Apesar desse arco ter trazido mais profundidade e evolução ao personagem de Otto, há algumas histórias em que essa evolução é simplesmente descartada. Otto passava por alguma situação que o mudava, mas na edição seguinte já voltava a ser o babaca arrogante que era, como se nada tivesse acontecido. Isso era forçado e desagradável, pois, apesar do personagem ter realmente evoluído, os roteiristas pareciam estar com medo de trazer mudanças significativas a Otto em alguns momentos, e pareciam não conseguir decidir qual era o rumo que queriam dar ao personagem. Sei que esse é um mal que acompanha os personagens da marvel e dos quadrinhos como um todo há muito tempo e que é provável que o roteirista tenha sofrido a intervenção da editora em seu trabalho, mas isso não deixa de ser um grande defeito na história.


Encheção de linguiça


Sabe quando você tá assistindo Naruto (ou qualquer outro anime que tenha trocentos episódios), tá gostando dos episódios, aí do nada chega aqueles fillers chatos que demoram um bom tempo pra acabar e atrapalham o roteiro de fluir? mesma coisa aqui.

Há muitos momentos chatos e que não acrescentam nada à trama, que só estão lá pra encher linguiça e atrapalham a fluência da história.

Um grande exemplo disso é o superior venom, em que Octavius se une ao simbionte e enlouquece, tornando-se um problema para todos ao seu redor. Esse foi um momento bastante desnecessário, não acrescentou nada de novo à história, além da ideia ter sido bastante estúpida.

 E isso também vale para vários arcos que ocorrem em outras revistas relacionadas ao arco.  A maior parte das histórias dessas revistas também são inúteis e não acrescentam em nada. Exemplos seria o carnificina superior e quase todas as edições de Superior Spider Man Team-Up.  Não me pronuncio sobre Superior Foes of Spider Man, porque não cheguei a ler, embora algumas pessoas digam ser bom. Se algum de vocês leu as histórias dessa revista (que foram publicadas por aqui na revista A teia do homem aranha) digam nos comentários o que acharam.

Eu acho que, entre os defeitos, esse é um dos piores, porque o arco tem ótimos momentos, mas temos que passar por coisas bem chatas antes de chegar até eles.

Minha dica é: pule estes arcos, especialmente o superior venom. Essas histórias são um saco e você não perde nada deixando de lê-las.


Situações apelativas e forçadas


Esse, junto com o próximo item, com certeza foi um dos fatores que mais afastou leitores.

Acontece que, no início do arco, a mudança de Peter para Octavius é apresentada de maneira brusca e apressada.  Octavius usa métodos extremos para lidar com os vilões, mas isso chega ao nível de ser forçado, porque eles exageram demais na tentativa de mostrar que o aranha mudou e está mais agressivo (acho que a imagem acima já dá uma boa ideia), e a esse ponto ainda não estamos acostumados com Otto no corpo de Peter. Diabos, ainda não nos CONFORMAMOS com isso! então, seria melhor essa mudança ter sido apresentada com mais calma, em vez de já começar deturpando o aranha de vez.

Teria sido bem mais interessante se Octavius descobrisse uma humanidade dentro dele que não conhecesse, e ficasse em conflito se abraça essa nova humanidade de vez ou continua seguindo seus instintos de vilão, e isso também o deixaria em dúvida sobre como lidar com determinados vilões, o que poderia gerar situações inesperadas. Seria uma forma bem melhor de fazer com que nos acostumássemos a essa mudança, e teria dado ainda mais profundidade a Otto. Seria mais bem executado, e eles não precisariam mudar completamente a personalidade dele, pois ele ainda ser um pouco arrogante daria um toque extra às histórias, pois mesmo que tivesse mudado, ele ainda é Otto Octavius e sua personalidade não some por inteiro.

Em vez disso, o roteirista resolveu mostrar essa mudança de forma exagerada e extrema, gerando situações desnecessárias que nem tiveram tanta importância na trama mais à frente, o que desencorajou muitas pessoas a lerem.


As primeiras edições são um teste de paciência


Eu li o arco todo, mas não posso culpar quem desistiu no começo.

Porque? porque o começo é um saco.

O roteiro é fraco e chato, a introdução de Otto é forçada e as situações são desnecessárias. Perde-se muito tempo com momentos tediosos e inúteis. Já falei sobre os momentos desnecessários, então falar mais sobre isso seria chover no molhado.

Eu recomendo que vocês comecem a ler a partir da batalha mental entre Peter e Otto (edição 5 nas mensais brasileiras e edição 8 nas americanas), pois é a partir desta que a história começa a ficar realmente boa. Mas evitem o início, porque é chato o suficiente pra fazer qualquer um desistir de ler.


Concluindo, eu sei que Homem Aranha Superior tem muitas falhas, mas acho que os ótimos momentos e a renovação que a história traz já valem a pena ler. Até mesmo os momentos ruins podem ser ignorados, já que muitas vezes não fazem diferença no plano geral das coisas. Então, eu recomendo este arco. É realmente algo único e acho que recebeu muita injustiça de pessoas que nem se preocuparam em ler. Mesmo com suas falhas, a história consegue ser satisfatória e com certeza vale a lida. Então, dê uma chance ao quadrinho e tire suas próprias conclusões.

Obrigado por ler o post e lembre-se que o blog está em seus primórdios. Se você gostou da postagem, siga, comente, curta a Página no Facebook e divulgue o blog para os amigos.

E, a seguir, nosso bruto de máscara de hóquei favorito!

Não, não estou falando de Jason Voorhees.

Vocês verão.

Até a próxima!



Welcome, Dudes!


Olá, leitores que caíram nesse blog acidentalmente. Seja bem vindos! Eu sou o dono desse blog, Dr Creepy, como está no meu perfil, e resolvi escrever isto para explicar como vão funcionar as coisas por aqui.

Primeiro, eu gostaria de dizer que essa não é minha primeira experiência com blogs. Já tive um outro blog, sobre histórias de terror, que está abandonado, mas vocês podem acessar aqui. Depois, criei outro blog com a mesma temática, o Cripta do medo, que ainda está ativo, mas no qual não posto há muito tempo. Apesar disso, quero deixar claro que não sou nenhum blogueiro ou escritor profissional ou coisa parecida. Sou só um moleque que tem um gosto por escrita e leitura e um pouco de criatividade na cabeça e que vê a internet como um local para compartilhar suas ideias e que escreve os posts puramente por gosto.

Vocês devem me perdoar pelo nome plagiado do blog, mas eu realmente não sabia que existia outro site famoso com o mesmo nome, e depois eu não mudei porque não quis mesmo.

Quanto aos posts, eles não terão uma regularidade, mas posso prometer que farei o possível para não deixar o blog parado por muito tempo. O problema é que eu tenho bastante coisa pra fazer e leva tempo para escrever o post e deixá-lo de um jeito que eu considere bom, fora o tempo investido em pesquisa e na busca de imagens. Mas farei o possível para não ficar sem atualizar por muito tempo. Também quero deixar claro que não tenho nenhuma ambição com o blog. É só um Hobby, um jeito de expor as ideias, e é o que sempre vai ser. Claro, eu quero ter algum público, mas não tenho grandes ambições. Como eu já disse, escrevo os artigos por diversão.

E é isso. Obrigado por visitarem o blog e espero que possa vê-los aqui mais vezes. E faço os apelos de sempre: se gostarem do conteúdo, sigam o blog, divulguem para outras pessoas e nas redes sociais, comentem, pois sua opinião sobre os artigos é muito importante, e curtam a página no facebook .

Até a próxima!