sábado, 31 de outubro de 2015

Review: Contos do Dia das Bruxas.



Enfim, nos aproximamos do fim do mês de outubro

Tanta coisa que eu queria ter escrito esse mês, tanto sobre o que eu queria ter falado, mas simplesmente não houve tempo. Tudo bem, pretendo postar muito mais no ano que vem e, enquanto a humanidade não explodir a si mesma com bombas atômicas e entregar o mundo às baratas, sempre haverá outro halloween.

Enfim, para encerrar o mês, trago mais um review, e meus jovens, acreditem, não há filme melhor para se encerrar a temporada que este.

Porque? apenas porque este é o melhor filme de halloween já feito!

não areditam em mim, então sigam-me e descobriremos.


A trama gira em torno de quaro histórias, que se passam numa cidadezinha em uma noite das bruxas e se conectam: Um pacato diretor de escola esconde uma personalidade violenta e sombria, três crianças tentam pregar uma peça em uma colega (com resultados questionáveis), uma virgem quer que sua primeira vez seja especial e um velho rabugento descobre o que acontece com aqueles que ignoram as tradições do dia das bruxas.

Não. Não é o John Carpenter.

A melhor coisa no filme é seu enredo. O formato antológico remete a filmes como Creepshow, Tales from the Darkside e, num exemplo mais recente, V/H/S. As histórias são bem amarradas, cada uma tendo seu inicio, meio e fim. Se conectam de forma bastante sútil, mas também sagaz. Sua principal conexão é Sam, o pequeno demônio responsável por se certificar de que as pessoas estão respeitando as regras e tradições do dia das bruxas. Já falo mais dele.

Uma coisa que gosto muito desse filme é que ele captura a essência do dia das bruxas como nenhum outro longa. Enfim, esse filme realmente representa muito bem a data. Desde a decoração às tradições, tudo é muito bem representado e a trama foca muito nas regras e tradições. Esse filme é realmente uma ode ao dia das bruxas. No entanto, essa também pode ser sua maior fraqueza, pois pessoas menos familiarizadas com a data poderiam não se sentir muito atraídas por ele.

Mas se você não gosta do halloween, você é um biltre imundo
e fedido e merece ser castigado pelo Sam.
Não achei a atuação neste filme nada especial, mas a maioria dos atores está muito bem em seus papéis e algumas merecem destaque. Dylan Baker interpreta o diretor da escola, e faz um ótimo trabalho em representar a personalidade do mesmo, num minuto um homem comum e pacato no outro um monstro sedento de sangue. Bryan Cox interpreta o velho rabugento do último segmento, e consegue torná-lo uma pessoa realmente chata e repelente, que você não gostaria de ter como vizinho, e que tem um profundo desprezo pelo Halloween e por suas tradições, principalmente por causa de uma tragédia da qual fez parte há muitos anos. Para todos os efeitos, ele é para o halloween o que o tio Scrooge é para o natal. E finalmente, há Quinn Lord que interpreta o pequeno Sam. Sua atuação é simples, mas ele realmente consegue tornar um monstro sanguinário e impiedoso como Sam em uma coisinha extremamente adorável, que não conseguimos olhar sem ter vontade pegar no colo e apertar. E tem a Anna Paquim como a virgem, mas vocês já sabem, a Anna Paquim é só a Anna Paquim.

Pois poucas coisas gritam "terror" como a cara de
bolacha da Anna Paquim.


E para aqueles entre vocês que possam não se lembrar, Dylan Baker interpretou o Dr. Connors, na trilogia do homem aranha dirigida por Sam Raimi.

Mundo pequeno, não?

Quanto aos personagens em si, eles não são muito profundos nem recebem desenvolvimento, então você não vai se apegar a ninguém em especial. Claro, o filme é uma antologia que precisa encaixar seis histórias em menos de duas horas, então é perfeitamente compreensível.

 No entanto, um personagem merece destaque: Sam. Ele é, basicamente, a personificação do Halloween. Ele representa o feriado em sua forma mais pura e se certifica que suas regras e tradições sejam cumpridas, não importa como. Se você meramente apagar uma cabeça de abóbora antes a meia noite, ele vai te estripar e pendurar seu cadáver para todo mundo ver. Sam com certeza pode ser considerado o vilão do filme, já que ele é responsável por boa parte do que está acontecendo na cidade. Eu devo dizer que ele é uma das criaturas mais interessantes e memoráveis a surgir dos filmes de horror contemporâneos, pois ele consegue ter uma imagem bastante imponente, mesmo com sua estatura diminuta. Ele causa certo desconforto sempre que aparece, pois , no fundo, sabemos. Também tenho de acrescentar que ele é adorável! sério, não tem como ver o Sam e não ter vontade de apertar e pegar no colo. É MUITA FOFURA!

Olha a fofura no rosto desse monstro sanguinário!
tem como não querer apertar as bochechas dessa
personificação do mal?

Contudo, mais do que um dos maiores monstros dos filmes da contemporaneidade, ele se tornou um representante do feriado, como o papai noel para o natal ou o coelho da páscoa para a mesma.

Para finalizar, tenho que dizer que é um filme muito divertido. Pode-se dizer que ele segue a mesma direção de Creepshow, buscando ser mais divertido do que assustador para seu público. Provavelmente porque o diretor é um grande fã do feriado e pelas referencias dos já citados filmes.

Enfim, eu fortemente recomendo Contos do Dia das Bruxas. Ele é divertido, ágil, e não poderia haver filme melhor para assistir nessa época do ano. Eu pessoalmente assisto religiosamente o filme uma vez por ano, nesta data. Porque é perfeito para ela e ajuda a manter os maus espíritos longe.

Então, se você procura por um filme perfeito para essa data ou só quer um bom filme de terror para não passar entanto, este filme é obrigatório. Sério, você não pode deixar de ver.

Cuidado, o Sam está observando.

tou de olho em você, seu pederasta!


Enfim, o artigo fica por aqui e o mês temático de halloween também. Sei que houveram poucas postagens, mas garanto que trarei mais conteúdo no ano que vem. Esperem para ver.

Se gostaram do post e do blog, lembrem-se de seguir, comentar e compartilhar nas redes sociais e curtam nossa página no facebook.

Até a próxima e feliz halloween!


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Review: Bubba Ho-Tep



Continuando a temporada de Halloween, hoje eu trago a vocês mais uma review. E esta é especial, pois o filme sobre o qual falaremos hoje é algo diferente, uma daquelas pérolas originais que se tornam cada vez mais raras com o passar dos anos. Com vocês, Bubba Ho-Tep.

Enquanto muitos de vocês com certeza estejam coçando a cabeça sobre esse filme, alguns devem estar familiarizados com o trabalho de seu diretor. O filme é dirigido por Don Coscarelli, Mente por trás de muitas pérolas do trash, sendo seu mais conhecido trabalho a saga Phantasm (sobre a qual também falarei um dia). Se está familiarizado com seu trabalho, já deve saber que Coscarelli é uma mente bastante criativa, que, com os recursos corretos, é capaz de transformar o filme com piores efeitos especiais e roteiro mais bisonho numa obra prima, e aqui não é diferente. Dito isto, vamos dar uma olhada no enredo primeiro.


O filme conta a história de Elvis Presley (Bruce Campbell), que, cansado da fama, troca de identidade com o dublê de Elvis, Sebastian Haff. No entanto, este acaba por morrer e Elvis acaba sofrendo um acidente e fraturando a bacia, o que o deixa preso num asilo e à identidade de Sebastian Haff pelo resto da vida. Hoje, velho, acabado e com um tumor no pinto, seu único amigo é Jack (Ossie Davis), um residente do asilo que diz ser o presidente John  F. Kennedy, e que teria tido o cérebro transplantado a um novo corpo antes de sua morte. A paz no asilo é quebrada quando ambos descobrem que uma antiga múmia está se alimentando das almas dos habitantes do asilo. Agora, ambos devem unir suas forças para deter a criatura desmorta se quiserem salvar seu novo lar e seus amigos.

O enredo, apesar de parecer uma coisa bisonha e sem sentido, é muito bem executado. O filme não se leva a sério na maior parte do tempo e temos cenas hilárias, como a luta de Elvis contra um escaravelho gigante ou as cenas com a enfermeira. Claro que o jeito canastrão de Bruce Campbell colabora muito para o efeito humorístico de tais cenas. Contudo, o filme apresenta momentos mais sérios, a maioria sendo reflexões de Elvis sobre sua vida. Apesar de parecerem um pouco arrastados e deslocados às vezes, são bem executados e colaboram bastante com o desenvolvimento de personagens. Ah, e tem o final, que vai te provocar algumas lagrimas de canto de olho e um nariz vermelho, que você vai dizer para os amigos com quem está assistindo um filme que é um cisco no olho ou alergia, pois ai de você se demonstrar que ficou sentimental com um filme de horror/comédia trash.

Bando de inseguro.

Em que outro filme você poderia ver um Elvis Presley da
terceira idade bancando o Bruce Lee pra cima de um esca-
ravelho? tem coisas que só os filmes trash fazem por você.


Um dos pontos fortes do filme é a atuação. Temos pouquíssimos personagens e, destes, poucos recebem tanta atenção ou aprofundamento, e a maior parte no filme é centrada em Elvis e Jack. Apesar disso, os atores estão muito bem em seus papéis. Bruce Campbell mostra aqui uma de suas melhores atuações, dando uma personalidade bastante vasta e relacionável. Ao mesmo tempo em que é um velho cansado, abatido e amargo, no fundo ele é uma boa pessoa, que se arrepende dos erros que cometeu durante a vida e está disposto a tudo para compensá-los. Claro que temos aqui seu jeito canastrão, que nos brinda com algumas cenas realmente hilárias. Ossie Davis também está ótimo como Jack. De certa forma, ele é como aquele seu avô ou bisavô que tem Alzheimer e que já está tão mal da cabeça que mal consegue lembrar de não calçar as meias pela cabeça, pois apesar das trapalhadas dele, ele não deixa de ser adorável. Ele tem tanta convicção em sua crença de que é JFK, que não conseguimos dizer se ele diz a verdade ou se está apenas maluco. Ele também se torna uma espécie de guia para Elvis, trazendo-o de volta ao caminho certo quando seu egoísmo o distancia do mundo.. O design da criatura em si é interessante, misturando uma múmia com roupas de cowboy do Texas. A múmia é interpretada por Bob Huskins, que, apesar de aparecer muito pouco diretamente, faz um bom trabalho em todas as suas cenas.

"o que vamos fazer hoje, Elvis?"
"O mesmo que fazemos todo dia, Jack: comer aveia, peidar
 e reclamar do PT".


A trilha sonora é outro ponto forte do filme. Bryan Tyler faz um ótimo trabalho e cada trilha transmite muito bem a emoção de sua respectiva cena. A música que toca no fina o torna ainda mais tocante e eu tenho certeza que em algum momento você se pegará cantarolando a trilha dos créditos finais.

Resumindo, Bubba Ho-Tep é uma peça rara. É um filme que, apesar de sua simplicidade, consegue ser bastante memorável e ter um toque próprio, uma coisa original. Com um ótimo elenco, uma história muito boa para os padrões de um filme trash e o toque do diretor Don Coscarelli, esse com certeza é um filme que vale a pena assistir. Se você procura algo diferente no gênero para assistir nessa época do ano, esse com certeza é uma boa pedida.

Ah! o filme também gerou algumas figuras de ação bem legais, feitas pela NECA, que você pode ver abaixo.


Porque nada é melhor do que colecionáveis caros e
desnecessários. Viva o capitalismo! viva
a cultura norte americana! viva Ronald Reagan!

Vocês podem assistir o filme abaixo:


por enquanto é só. Se gostou, não deixe de comentar e divulgar o blog, e curta nossa página no facebook .

Até a próxima.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Games para jogar em outubro



Enfim, estamos em outubro. O mês totalmente dedicado a monstros, espíritos, assassinos mascarados e zumbis. O mês do bom e velho terror.

Ah, eu adoro o halloween. Que época gloriosa.

Bem, já que esse feriado não é comemorado por aqui, nada nos resta a não ser sentarmos e jogarmos alguns bons e velhos games com tema macabro. E, nessa lista, eu estou trazendo dicas de bons games pra se zerar nessa época do ano. Então pegue seu Xbox, Playstation, mega drive ou polystation e divirta-se!

Não, nada de Nintendo esse mês. Esqueça.

E antes de começar, eu quero avisar que essa não é uma lista definitiva nem nada. É só uma lista de games com tema terrorífico que eu achei adequado compartilhar nesta época do ano. Também, boa parte da lista deriva da minha própria opinião após ter jogado ou pesquisado sobre esses games, então, você pode não concordar com algo, mas o importante é que saiba debater com racionalidade nos comentários.

Então, sem mais delongas, comecemos.

Nightmare Creatures 

Este aqui é um bom e velho clássico do PS1 que eu acredito que um bom número de pessoas conheça. Eu joguei esse ótimo game no PC mesmo.

Na história do game, um culto do capiroto tenta criar um exército de criaturas diabóicas, mas é detido. Anos depois, o culto volta a fazer suas experiências e dessa vez solta seu exército de seres lafranhudos pela cidade de Londres. Agora, cabe a você matar os seres capirotescos e salvar O mundo da destruição.

Dei uma baita resumida aí, pois o roteiro é bem mais trabalhado, envolvendo personalidades e eventos reais (como o grande incêndio de Londres) e um estilo de terror gótico bem interessante. Não há nada extremamente profundo, mas quebra bem o galho.

O game tem uma ambientação bem macabra, se passando em lugares como pântanos, cemitérios ou mesmo as ruas desertas de Londres. O jogo é bem escuro e a falta de trilha sonora contribui para criar um clima de tensão. Os monstros são bem variados, indo dos já tradicionais zumbis, vampiros e lobisomens até coisas que você não consegue saber que diabos são, como aberrações enormes ou mesmo lobisomens de duas cabeças (pelo menos, era o que pareciam quando eu joguei).

Você pode escolher entre dois personagens: O padre Ignatius, que usa um cajado na luta, e a filha dele, Nádia, que luta com espada e é uma tremenda gostosa (pelo menos, para os padrões do Ps1) . Claro que eu sempre jogava com ela.

Não me julgue, você faria o mesmo.

Eu mesmo joguei esse game no PC de um amigo há muito tempo, e posso dizer que o jogo é cabuloso pra cacete mesmo. É escuro, assustador e os monstros levam um monte de hits pra serem mortos, se bem me lembro, e eles tinham o mal costume de aparecer em grupos às vezes.

Noob que eu era, nunca passei da segunda fase.

Enfim, nightmare creatures é um jogo bem legal pra se jogar à meia noite ou de madrugada, com a casa silenciosa e escura. É bem tenso e vai te dar bastante cagaço (ou, pelo menos, tanto cagaço quanto possível com o gráfico quadradão do PS1). É uma ótima época pra relembrar esse game e pra quem não jogou, vale a pena conhecer.

The House of The Dead


Se você é dos tempos de fliperama, com certeza conhece esse aqui.

The House of The Dead é um clássico rail shooter (estilo de jogo em que você não controla as ações dos personagens, apenas atira) que saiu inicialmente pra fliperamas pela Sega e depois foi portado pra quase tudo quanto é console da mesma.

Bons tempos em que a Sega não era a prostituta da Nintendo.

Na trama, você controla os agentes Thomas Rogan e G, que recebem um pedido de socorro da noiva de Rogan, Sophie, que trabalha na mansão do Dr Roy Curien, que lá desenvolve experimentos secretos. Lá, eles descobrem que o lugar foi tomado por zumbis e criaturas mutantes e devem tentar deter Rogan e salvar o máximo de inocentes possível.


Esse é um game que já consumiu altas fichas (ou créditos, se você joga na era moderna) de jogadores incautos, como tantos outros em sua época. Ele não era tão terrivelmente difícil quanto outros, mas ainda tinha sua cota de momentos cabeludos. Eu mesmo levei metade da minha curta vida pra zerar esse jogo.

Já disse que eu era noob.

Esse game não é assustador e nem chocante, mas é legal de se jogar por causa da temática. Afinal, o que pode ser melhor nesta época do que estourar as cabeças de zumbis e aberrações mutantes? Além disso, é uma boa forma de relembrar a época em que você passava horas no fliperama torrando o troco da padaria em fichas e perdendo em todos os jogos.

Agora que eu pensei nisso, os fliperamas eram quase como cassinos. Os jogos eram viciantes, você perde toneladas de dinheiro neles e você quase sempre perde.

Enfim, the house of the dead é recomendadíssimo. Viciante, divertido e vai te levar de volta à época mágica (e frustrante) dos fliperamas.

Mas fique longe da versão pra Sega Saturn. É uma diarreia.

Silent Hill 2


Silent Hill é uma série que dispensa apresentações. Todo gamer interessado no tema de horror já jogou ou ouviu falar nele.

Agora, eu joguei tanto o segundo quanto o terceiro, na versão em HD para a geração atual, mas optei por recomendar o segundo porque gostei mais dele.

Na trama, conhecemos a história de James Sunderland, um homem violentamente transtornado pela morte de sua esposa, Mary. Anos depois da morte dela, ele recebe uma carta da mesma em que ela o manda ir para Silent Hill. Ignorando o fato de que gente morta não escreve cartas, James viaja até a cidade, e aí o terror começa.

 A história desse jogo é bem complexa. É cheia de reviravoltas e personagens que vão aparecendo ao longo do game, e todos tem um papel importante na trama. No fim, pode ser necessária alguma pesquisa na internet para que seja possível entender tudo o que aconteceu, mas a trama é boa.

A atmosfera do jogo é o melhor. Quase não tem trilha sonora e, pra piorar, você tem um radio que fica chiando toda vez que um monstro está por perto, aumentando a sua sensação de pânico. A iluminação também é escassa. Os locais que não são totalmente escuros são cobertos de névoa e você quase nunca enxerga o que vêm pela frente. Há puzzles, sendo alguns mais difíceis e outros mais fáceis.

A maioria eu achei de boa, só fiquei travado naquele puzzle do relógio. Na verdade, eu passei dele na cagada, girando os ponteiro do relógio na doida.

Não é a toa que esse game foi programado por asiáticos.

Pra completar, há todos aqueles momentos macabros que fizeram a gente cagar nas calças quando jogou pela primeira vez. Tenho certeza de que todos vocês e lembram da cena na foto acima.
Não é mole estar preso em uma sala com um monstro que quer comer sua bunda com farinha e que não morre não importa o quanto você atire nele.

Nada mais tenho a dizer. Silent Hill 2 é um jogo cagaçante e com certeza um dos melhores da saga, se não o melhor. Não é difícil jogar esse game hoje em dia, pois ele é parte da já citada HD collection, para XBOX 360 e Playstation 3. Então, jogue e, se puder, confira o terceiro game, que também é bem legal. Você não se arrependerá.

Ou talvez se arrependa quando não conseguir mais dormir á noite. Mas ei, você não quer que eu recomende um jogo leve, afrescalhado e cheio de fadinhas para o halloween, né?


Manhunt

Eu sei que manhunt não é exatamente um jogo de terror, mas com a temática e a atmosfera dele, eu acho justo indicar aqui.

O game conta a história de James Earl Cash, um assassino condenado à morte que, em vez de receber a injeção letal, recebe um sonífero e acorda num local desconhecido. Até que um homem aparece numa televisão, dizendo ser um diretor de filmes snuff e explica a Cash que ele se tronou a estrela de seu mais novo filme. Cash poderá obter sua liberdade se puder sobreviver a todas as gangues de Carcer City que querem sua cabeça. Com isso, ele parte para o banho de sangue.

Como a maioria de vocês sabe, esse game foi produzido pela Rockstar, conhecida por suas polêmicas. E a empresa não pegou leve aqui. Esse é um dos jogos mais brutais já produzidos por ela, seja pela temática e ambientação, seja pelas cenas de morte extremamente violentas. De fato, pessoas mais sensíveis devem ficar bem longe do jogo.

Não, sério, se você é uma pessoa sensível, que se assusta fácil e se agoniza ao extremo ao ver sangue, fique longe de manhunt. Vá jogar qualquer um dos outros jogos desta lista, mas fique longe deste aqui.

Uma coisa interessante é que não há sequer um personagem identificável no jogo. Todos são psicopatas, assassinos ou criminosos. Até o próprio personagem principal é um assassino condenado, que não sente remorso por suas ações. Embora isso nos impeça de nos identificarmos com os personagens, adiciona muito para a atmosfera do jogo, pois ninguém é confiável e você só pode contar consigo mesmo.

Seu objetivo é basicamente matar todos que encontra pelo caminho, e o jogo oferece diversos objetos que servem para fazer finalizações extremamente violentas e agonizantes. Desde sacos plásticos e cacos de vidro até escopetas e motosserras, encontra-se de tudo. Mas deve-se tomar cuidado com o método que você usa para matar seus inimigos, pois o jogo funciona com uma formula stealth e Cash não consegue enfrentar muitos inimigos de uma vez. Portanto, é melhor evitar confronto direto com grupos grandes, e deve-se fazer o mínimo de barulho possível. Você tem de ser muito cuidadoso, ou é game over na certa.

A ambientação é bem sinistra. O jogo é muito escuro (o que é bom, pois você deve se mover nas sombras para sobreviver) e muitas vezes transmitido pelo ponto de vista de câmeras escondidas, o que aumenta a sensação de filme snuff. Os inimigos também são bastante sinistros, sendo vários deles baseados em personagens clássicos de filmes de terror. Destaque para Piggsy, o psicopata canibal que pensa que é um porco e te persegue com uma motosserra. Pense numa fusão do Jacket de Hotline Miami com o leatherface e você vai ter uma ideia do que eu estou falando.

Devo destacar que esse jogo é um dos jogos mais polêmicos da empresa, pela sua temática e pelas ações do personagem, mas principalmente por estar envolvido ao assassinato de um garoto, sendo que o assassino tinha o jogo em casa e, segundo seus pais, era viciado nele.

Mas depois foi provado que o game foi achado na casa do garoto que foi ASSASSINADO, não do que matou. Mas até a mídia desfazer essa confusão, a merda já tinha voado no ventilador.

O game chegou até a ganhar uma sequência, mas por causa da polêmica que a série carrega, até hoje um Manhunt 3 não tem sinais de que um dia vai sair.

Enfim, Manhunt ganha uma recomendação cuidadosa. O game é ótimo e realmente tenso e pertubador, mas não é todo mundo que consegue jogar. Então, vá por sua conta e risco.

Terrordrome


Agora, vamos fugir um pouco dos títulos mainstream.

Já falei sobre terrordrome no artigo passado, então não vou elaborar muito. Basicamente, é um game independente para computadores que começou a ser produzido em 2005 e passou por muitas versões até chegar à sua atual (que, se não me engano, é a 2.9, mas não receiem em me corrigir se eu estiver errado). É um game de luta 2D, nos mesmo moldes de Mortal Kombat, que apresenta alguns dos maiores fenômenos dos filmes de terror em seu elenco.

Uma das melhores coisas do jogo é justamente a seleção de personagens: temos desde os mais conhecidos, como Jason, Freddy e Chucky, até criaturas muito menos conhecidas, como o Tallman (da ótima série de filmes Phantasm, de Don Coscarelli) e Pumpkinhead (do filme homônimo). Cada personagem no jogo é muito bem representado, tanto na questão estética quanto em seus poderes e habilidades, adaptados e retirados dos filmes. Os cenários também são ótimos, representando bem os locais dos filmes. E temos a trilha sonora, que foi retirada dos próprios filmes. Não é original, mas é bem escolhida e acrescenta muito ao clima do jogo.

A mecânica é basicamente a mesma do Mortal Kombat clássico: você anda pra frente, pra trás, abaixa, pula e dá golpes fracos e fortes e utilizando ataques especiais com determinadas combinações de botões. Temos o unleashed, o golpe supremo de cada personagem (cada um possui dois), que pode ser ativado ao completar a barra abaixo da barra de saúde, e o helper, que é um determinado objeto que pode ser usado no máximo duas vezes e causa determinado efeito no inimigo. Não é inovador, mas quebra o galho.

Terrordrome é um jogo desenvolvido inteiramente por uma equipe independente e distribuído de forma gratuita pela internet. Apesar do jogo desfrutar de uma relativa fama, ainda é um tanto desconhecido para a maioria das pessoas, o que é bastante injusto, já que os produtores fizeram muito com o pouco que tinham e geraram um jogo de grande qualidade. Como eu já disse, o jogo pode ser achado para download gratuito na internet, então com certeza vale a conferida.

Dead Space



Finalmente chegamos à atual geração, e com um game que com certeza a esmagadora maioria de vocês conhece.

Não há muito o que falar do primeiro Dead Space que já não tenha sido disto. Basicamente, é a série que ressuscitou o Survival Horror na geração atual e um dos melhores games da mesma. Na trama, você controla Isaac Clarke, um engenheiro que se voluntaria para uma missão na nave USG Ishimura, uma nave de extração que perdeu contato com a terra. Ao chegar lá, Isaac e sua equipe se deparam com uma situação aterradora: Quase todos na nav estão mortos, e os que não morreram se transformaram em estranhas criaturas chamadas Necromorphs, que são basicamente cadáveres reanimados e com os corpos deformados. Agora Isaac e sua equipe terão de sair da nave com vida. A história é parecida com a de diversos outros survival horrors que vemos por aí, mas funciona muito bem.

Uma coisa curiosa de Dead Space é que, ao menos para mim, ele parece uma mistura de Alien com The Evil Dead. Explicando melhor, o game tem um clima bem similar ao da série de filmes Alien: O ambiente da nave é claustrofóbico e desesperador e a todo momento dá a impressão de que algo vai pular da ventilação e arrancar a sua cara. Enquanto que se assemelha a Evil Dead pelas próprias criaturas do jogo, os Necromorphs, que são cadáveres reanimados que possuem formas diferentes uns dos outros, lembrando os Deadites. Isaac também é um protagonista meio similar a Ash Williams, sendo um cara normal arrastado para uma situação aterrorizante que improvisa o melhor com o que têm ao seu redor para sobreviver, além de desejar somente escapar deste pesadelo e salvar sua namorada, Nicole.

A mecânica no jogo é a mesma que nos acostumamos a ver em outros Survival Horrors: Você pode andar, atirar e interagir com o cenário, mas a movimentação é bem travada, acrescentando ainda mais tensão ao jogo, principalmente nos momentos de confronto direto contra hordas de criaturas. Você tem duas habilidades à sua disposição : O kinesis, que permite pegar objetos distantes ou arremessar objetos em inimigos, e o Stasis, que desacelera aparelhos e inimigos por tempo limitado. Apesar disso, você não deve abusar dele, pois o mesmo é limitado e deve ser recarregado através de capsulas, que podem ser encontradas pelo cenário ou compradas em lojas pelo jogo.

Enfim, Dead Space é um ótimo Survival Horror e definitivamente merece ser jogado. É um pena que a franquia perdeu sua essência com o tempo. Afinal, Dead Space 3 é basicamente um jogo de ação genérico. Não é ruim, mas peca por ter em falta justamente aquilo que tornou essa série um marco da geração.

Enfim, Dead Space é ótimo. Jogue.

Ah, e você pode usar membros decepados dos inimigos para atacá-los! em que outro jogo você pode fazer algo assim?

Espera, na verdade tem outro jogo, do qual eu falarei daqui a pouco.


Red Dead Redemption: Undead Nightmare


Agora que eu cheguei neste item, eu estou me perguntando porque ninguém nunca fez um filme de zumbis ambientado no velho oeste.

Sério, só eu acho que é uma ótima ideia? mas claro que Hollywood nunca vai produzir um filme desses, pois hoje em dia está mais preocupada em recriar franquias que nem sequer precisam ser renovadas e em alimentar o ego de Michael Bay e George Lucas.

Bem, não importa.

Red Dead Redemption: Undead Nightmare é, na verdade, uma expansão do game Red Dead Redemption, que, assim como manhunt, também foi produzido pela rockstar. Acredito que o jogo dispensa apresentações para a maior parte de vocês, então, vamos ao que interessa.

Na trama do jogo, John Marston, após matar seus antigos companheiros de gangue e salvar sua família, tem mais um grande problema em mãos: Uma praga está assolando o país, fazendo com que os mortos se levantem de suas covas e se alimentem dos vivos, os infectando, e essa praga acabou infectando a mulher e o filho de John, que agora deve percorrer o oeste e o México em busca de uma cura para este mal.

Como a maioria de vocês sabem, Red Dead Redemption é um game excepcional e é simplesmente um crime não jogá-lo, e esta DLC não deixa por menos. Na verdade, este é um daqueles casos que prova que uma DLC pode mudar completamente uma experiência de jogo, se bem feita.

O mundo foi quase que totalmente mudado aqui. Ao invés dos clássicos bandidos assolando as cidades, agora as mesmas estão infestadas de zumbis, e você deve limpá-las se quiser um lugar seguro para dormir. O meio selvagem também não é exatamente seguro, pois os animais também foram afetados pela praga, e você tem de lidar com vários tipos, desde lobos e coiotes até ursos, e mesmo cavalos foram infectados, e você pode DOMÁ-LOS! SIM, VOCÊ PODE CAVALGAR CAVALOS ZUMBIS! O QUE PODE SER MELHOR QUE ISSO, MEU SENHOR?

Mas isso não é tudo, pois diversas criaturas mitológicas podem ser encontradas no jogo, como o Chupacabras e até mesmo os quatro cavalos do apocalipse, que também podem ser domados! SIM, POIS SÓ MONTAR EM CAVALOS DO APOCALIPSE PODE SER MELHOR DO QUE MONTAR EM CAVALOS ZUMBIS!

E eu garanto que você vai se sentir um verdadeiro monstro quando terminar a quest do Pé-grande.

A história também foi expandida, e, apesar de simples, é bem trabalhada, e você reencontra quase todos os personagens do jogo original. Do bom xerife da cidadezinha até o velho vendedor de óleo de cobra pilantra estão aqui. Novos desafios estão disponíveis e novas roupas podem ser desbloqueadas, além de algumas armas novas.

Então, não há muito mais o que dizer. Essa expansão é excepcionalmente bem feita e acrescenta muito ao já ótimo jogo original. Então, vá atrás dela, que, eu garanto, vale a pena.


Splatterhouse




E eu guardei o melhor para o final! ooohhh, siiim!

Não há muito mais que eu precise dizer sobre Splatterhouse, pois já escrevi sobre ele em outra ocasião, mas vou falar um pouco sobre.

Splatterhouse é um game no estilo Beat' em Up e Hack And Slash. Na trama, Rick Taylor acompanha sua namorada, Jennifer Willis, vão á casa do Dr. Henry West, um especialista em necrobiologia, para entrevistá-lo. No entanto, ao chegar lá, West sequestra Jennifer e deixa Rick para morrer no chão da mansão. Agonizando e sem esperanças, Rick começa a ouvir a voz da Máscara do Terror, um artefato místico que lhe diz que pode ajudá-lo a salvar Jennifer. Sem escolha, Rick veste a máscar e se torna uma besta enorme de puro músculo e que aparentemente pulou o dia de treino de perna, e parte para salvar Jennifer, massacrando hordas de bestas sedentas de sangue pelo caminho.

O elemento mais notável nesse jogo é a violência gráfica. Os inimigos são criaturas grotescas e Rick sempre acaba com eles do jeito mais atroz possível, espalhando baldes de sangue e entranhas na tela. O maior disso são os splatterkills, finalizações ao melhor estilo fatality, em que Rick acaba com seus inimigos de maneiras cada vez mais grotescas, como arrancando suas cabeças, entranhas ou até mesmo pulmões. Apesar disso, estes movimentos tornam-se enjoativos depois de um tempo, por causa da falta de variação.

A história, apesar de simples, é bem desenvolvida. Cada personagem tem tempo de demonstrar suas qualidades e cada um é dublado com maestria, embora a estrela do show seja Jim Cummings, que dubla a Máscara do Terror. Fora isso, temos Fred Tatasciore dublando os monstros. Não preciso dizer mais nada.

A trilha sonora é incrível, sendo composta de heavy metal e rock do bom e do melhor, que põe ainda mai adrenalina nas batalhas. Além disso, temos toneladas de conteúdo desbloqueável, como fotos íntimas de Jennifer, arenas de sobrevivência, páginas do diário do Dr. West e, melhor de tudo, OS TRÊS JOGOS DA SAGA ORIGINAL, COMPLETOS!

Apesar disso tudo, Splatterhouse foi execrado pela "crítica especializada", ou, se preferir,os imbecis de merda que mal jogaram o jogo e já sairam por aí cagando no mesmo. Isso é uma pena, pois, graças a estes desgraçados, Splatterhouse não conseguiu a notoriedade que merecia e não há previsão de que um novo algum dia irá sair.

Enfim, eu já disse o bastante. Esse jogo é perfeito para a época do ano em que nos encontramos, com suas criaturas abomináveis, terror lovecraftiano e baldes de Gore. Então, não perca tempo e jogue!


Menção honrosa: Call of Cthulhu: Dark Corners of The Earth



E falando em terror Lovecraftiano, aqui temos um bom representante do tema.

Neste game, controlamos o detetive particular Jack Walters. Alguns anos antes da história principal, Jack foi investigar um misterioso culto que aterrorizava uma cidadezinha, e viu algo tão terrível, que o levou à loucura e à amnésia e o confinou num asilo por 5 anos. Agora, ele foi contratado para encontrar um garoto que desapareceu na cidade costeira de Innsmouth. Ao chegar lá, ele descobre que a cidade esconde terríveis segredos.

Antes de qualquer coisa, devo avisar que não joguei esse jogo, apenas assisti algumas gameplays, no entanto, gostei bastante do que eu vi. O jogo tem foco na investigação e no stealth, sendo sempre necessário vasculhar o cenário para encontrar itens importantes e pistas. A atmosfera é bem sombria e silenciosa, sempre passando a sensação de que algo terrível está prestes a acontecer. Há pouca trilha sonora, mas isso ajuda a dar clima ao jogo.  A história segue um tema lovecraftiano, e, apesar do próprio Cthulhu não aparecer no jogo, temos a presença de outras criaturas e elemenos da história do escritor. A câmera é em primeira pessoa, algo mais comum em jogos de terror na época em que foi feito (lá pra 2005). Eu posso dizer que ele lembra um pouco jogos como Amnésia e Outlast, tendo uma ambientação e atmosfera bem semelhantes. Se você jogou e gostou dos títulos já citados (ou semelhantes) e tem atração pelo mundo criado por Howard Phillips Lovecraft, vale a pena.

É difícil recomendar esse jogo, sendo que eu não o joguei, mas posso dizer que gostei bastante das gameplays que acompanhei e parece ser um jogo realmente bom. Infelizmente, é pouco conhecido devido a  vendas e divulgação fracas e problemas de produção. Duas sequências foram planejadas, mas provavelmente jamais verão a luz do dia.

Então fica a menção honrosa. Pela atmosfera assustadora e temática, com certeza vale a conferida.

Se estiver em dúvida, veja a gameplay abaixo.




Bem, encerro por aqui essa pequena lista de recomendações. Se ocê já jogou algum desses títulos, diga nos comentários o que achou e dê suas sugestões também. Se gostou do blog, não se esqueça de divulgar e seguir, e curtam nossa página no facebook.

Até a próxima!





quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Terrodrome: Pancadaria entre ícones do terror!



Finalmente, chegou o halloween. Aquele mês mágico dedicado a todos os monstros, aberrações, psicopatas e cruz credos que nos faziam cagar de medo na infância e que passamos a adorar na adolescência e idade adulta. Sim! E que melhor meio de começar este mês glorioso, do que com um game de porrada entre monstros clássicos dos filmes? Sim, senhoras e senhores, eu lhes apresento: Terrordrome!


É bem possível que você nunca tenha ouvido falar deste game, o que é compreensível. É um game totalmente produzido por desenvolvedores independentes e distribuído gratuitamente na internet. Sua produção começou em 2005 e finalmente chegamos à versão final (2.9, se não me engano) Entre 2013 e 2014. É um game de luta 2D com muitos elementos do clássico Mortal Kombat, e com uma seleção de combatentes tão incrível quanto.


A cereja no bolo sem dúvida é o elenco de personagens, que é bem variado, indo de clássicos como Jason e Freddy Krueger, até personagens relativamente desconhecidos, como Matt Cordell, Tallman e Pumpkinhead (ganha um doce quem me disser de que filme cada um deles vem), agradando tanto os fãs casuais de terror quanto os mais hardcore. Cada personagem possui golpes e poderes bem fieis aos filmes, além de atributos similares também. Aliás, é importante descobrir com que tipo de personagem você se dá melhor. Personagens como Jason, Michael Myers e pumpkinhead são mais fortes e seus golpes causam mais dano, mas são bastante lentos. Já outros, como Herbert West, Ghostface e Ash Williams, são mais rápidos e conseguem encaixar sequências de golpes maiores. Há personagens que se dão melhor usando seus poderes para atacar á distância ou rapidamente, mas não são efetivos em combate direto, como Candyman e Pinhead.  E tem o Chucky, que é um lazarento, pestilento, sarnento, arruaceiro, gato polar que é quase impossível de acertar e sempre te ataca por baixo ou por cima. Boa sorte contra esse filho da puta.



O game não possui trama fixa, mas cada personagem possui uma campanha com história própria, que consiste em algumas imagens com texto no início e no final de cada campanha, como na já citada série MK. Esses modos história trazem diversos elementos e referencias aos filmes e apresentam várias referências e crossovers entre personagens muito legais. E o mais legal é que as campanhas de alguns personagens se cruzam, interferindo umas nas outras. Há também um modo online, que eu não consegui conferir porque a minha net não funciona como deveria.




Não há muito o que falar da mecânica, pois é basicamente a de MK. Você pode andar para frente e para trás, abaixar, pular e lançar golpes especiais através de combinações de botões. Além disso, há o golpe especial Unleashed, que possui duas variações para cada personagem e é ativado quando a barra abaixo da sua barra de vida fica completa, e o helper, que é um determinado objeto diferente para cada personagem que pode ter diferentes efeitos num inimigo, como paralisar, por exemplo, e pode ser usado duas vezes no máximo. Infelizmente, nada de fatalities.

Para cada personagem, há um cenário referente. Os cenários são muito bem recriados e reproduzem os locais dos filmes com grande fidelidade. Há até alguns easter eggs, alguns mais simples de achar, e outros que apenas aqueles com os olhos mais bem treinados conseguirão encontrar.

A trilha sonora também é muito boa. Cada cenário possui a trilha sonora de seu respectivo filme. Não é original, mas é bem escolhida. Se há alguma música tema de filme de horror que você realmente ama, é bem capaz que ela esteja aqui.


O gráfico é simples, mas, para um jogo desse calibre, satisfatório. Os personagens são bem construídos e realmente lembram suas contrapartes dos filmes, tanto em forma quanto na maneira de se movimentar. Os cenários também são muito bem feitos e bastante detalhados.

Apesar disso, o game apresenta alguns problemas. Há certos Lags e glitches que causam os mais diversos efeitos no jogo, por exemplo, fazendo com que seu personagem não se mova, crie "clones" de si mesmo ao ser golpeado, fique suspenso no ar ou só se mexa se levar  primeiro golpe. Felizmente, a maioria desses bugs pode ser evitada diminuindo a velocidade no menu de opções do jogo (velocidade de 10 ou 11 é a mais adequada). O pior defeito, no entanto (pelo menos na versão que eu joguei) são os bugs no modo história. No final, as letras e imagens ficam empilhadas umas sobre as outra e fica impossível de ler, embora também possa ser efeito da velocidade. Se na versão que você jogou não havia esse defeito, por favor avise nos comentários

Por fim, se tem uma coisa que podemos dizer de Terrordrome, é que ele é um game feito com muito amor. Os criadores eram fãs de filmes de horror e tentaram criar um jogo de luta que representasse e respeitasse os personagens originais, e conseguiram. Apesar dos defeitos técnicos, que às vezes realmente estragam a diversão, esse game tem bastante personalidade e consegue compensar, na maioria das vezes, pelos seus defeitos. E para as condições em que foi produzido, por uma equipe independente, sem nenhum patrocínio e levando anos para ficar realmente pronto, apresenta um resultado bastante satisfatório. O jogo ganha uma nota 8. É muito bom e é perfeito para essa época o ano. Então, joguem terrordrome, porque se tem um jogo independente que merece amor, é esse.

bem, por hoje é só. Volto em breve, com mais um artigo de halloween.

Sim, também será sobre videogames.

Até a próxima!




terça-feira, 8 de setembro de 2015

Review: Splatterhouse ( Xbox 360/ Playstation 3)


E hoje vamos falar sobre um game DUCARALHU! Splatterhouse!

Para quem não conhece, Splatterhouse é uma série de games side scroller e Beat’em up com tema de terror gore e que nasceu nos arcades em 1988, desenvolvido pela Namco, no japão. O primeiro game foi portado deste lado do mundo para o turbografix 16 (console norte-americano que eu imagino que a maioria de vocês não conheça), mas a série alcançou a fama por aqui com o segundo e terceiro jogos, que saíram direto para o mega drive em 1992 e 1993, respectivamente. A série estava jogada de lado pela Namco até que em 2007 foi anunciada a produção de um novo splatterhouse, que foi lançado em 2010.

Agora, vocês podem estar se perguntando porque eu estou fazendo uma review de um game que levou um tempo considerável para ser produzido e foi lançado cinco anos atrás? Simples: porque eu acho que o game sofreu muita injustiça.

Na época em que foi lançado, splatterhouse foi escorraçado pela crítica “especializada” e recebeu notas baixíssimas mundo afora, o que obviamente prejudicou o desempenho do game em vendas. E isso foi muito injusto porque, apesar de Splatterhouse não ser um game perfeito, ele é sim muito bom e eu devo dizer que é um dos games de ação mais satisfatórios a serem lançados em anos.

Acham que estou exagerando? pois vejamos então.

Ah, e antes de começar, quero deixar claro que boa parte dessa análise vem da minha opinião após ter jogado. Então, se discordar de alguma coisa, mostre sua opinião nos comentários de forma racional, sem xingamentos ou ofensas. E peço que vocês me avisem e corrijam sobre qualquer informação errada que eu passe nesse texto, para que eu possa corrigi-lo futuramente.

Então, sem mais delongas, aí vamos nós.




O conceito da história é simples e nada surpreendente para quem é fã de longa data da franquia: Rick Taylor (o protagonista do game) e sua namorada Jennifer Willis vão à mansão do Dr. Henry West, um especialista em “Necrobiologia”, para fazer uma entrevista com ele para a universidade. Ao chegarem lá, Rick é atacado pelos monstros de West e deixado para morrer, enquanto Jennifer é levada. Estripado e morrendo, Rick ouve uma voz que vem de uma estranha máscara que ele derrubou de um sarcofago acidentalmente. A máscara lhe diz que pode lhe dar o poder necessário para salvar Jennifer se ele confiar nela e a vestir. Sem escolha, Rick veste a máscara e se torna um bruto de músculo puro, e parte para salvar Jennifer.

Para os iniciados ou que não conheçam a franquia, a história pode parecer vaga e desinteressante de início, mas ela expande e fica melhor à medida que avançamos no game. A história é contada através de flashbacks de Rick e diálogos dele com a máscara, e através deles descobrimos as respostas para muitas questões que surgem ao longo do jogo, por exemplo: O que aconteceu na noite em que Rick e Jennifer foram à mansão, de onde a máscara veio e quais são seus verdadeiros objetivos, o que aconteceu ao Dr. West no passado e a quem ele realmente serve, entre outras. Além disso, também há gramofones espalhados pelas fases e páginas desbloqueáveis do diário de West (dos quais falarei mais daqui à pouco), que complementam e dão suporte à narrativa. Além de tudo isso, a história é razoavelmente complexa e pode deixar algumas dúvidas na cabeça dos jogadores, principalmente no final. Outra coisa muito legal na história é que ela possui um forte tema lovecraftiano, e muitos elementos chave dos livros de lovecraft, como o necronomicon, a cidade de arkham e a universidade miskatonic, os Deep Ones e até mesmo Cthulhu e os Grandes Antigos são vistos ou mencionados aqui. Os fãs do escritor com certeza vão adorar o número absurdo de referências sobre suas histórias.




Se a história é ótima, isso é em grande parte por causa de seus personagens. Há apenas Rick, Jennifer, A máscara e o Dr West, mas todos são muito bem desenvolvidos e ajudam a dar andamento há história. O astro é sem dúvida a máscara do terror, que é um espírio boca suja, maldoso e sedento de sangue. Ao longo do game, ele solta varias pérolas, insuta Tanto Rick quanto os inimigos do jogo e parece aproveitar ao máximo toda a violência e atrocidade ao seu redor, enquanto possui objetivos que só serão explicados ao final do game. Mas os outros personagens não ficam atrás. Rick e Jennifer tem um relacionamento bastante crível, apesar de serem tanto esteticamente compatíveis. Até o fim do jogo você realmente acredita que eles se importam muito um com o outro e passa a se importar com eles também. E é interessante o modo como Rick reage à situação ao seu redor e aos atos inumanos que tem de cometer. Ele tenta permanecer humano e nega estar aproveitando a violência, além de resistir ás tentações da máscara. No entanto, em alguns momentos ele parece se divertir bastante ao matar e desmembrar monstros impiedosamente. Quanto ao doutor West, ele pode parece um cientista louco genérico de primeira, mas ao longo da história suas motivações são explicadas em diários e gravações, o que o torna um personagem bem mais crível e profundo do que imaginávamos.

E muito disso se deve ao incrível trabalho de dublagem presente no jogo. Jim Cummings brilha como a máscara do terror dando ao monstro a personalidade violenta e desagradavel que tanto amamos, e Josh Keaton também faz um ótimo trabalho com Rick, dando uma enorme gama de emoções ao rapaz. Shanelle Gray e Richard Doyle também fazem um ótimo trabalho com Jennifer e West. E temos Fred Tatasciore na dublagem dos monstros! O que poderia ser melhor que isso?

O jogo também traz uma alta quantidade de conteúdo extra e melhor, sem DLC, tudo desbloqueável no próprio disco. Podemos encontrar colecionáveis como os já mencionados gramofones e pedaços de fotos de Jennifer (Sobre as quais digo apenas que você não vai precisar procurar hentai na internet mais tarde). À medida em que progredimos no game, desbloqueamos as já mencionadas páginas do diário, Arenas de sobrevivência (seis ao todo) nas quais podemos por em prática nossas habilidades dizimando hordas de aberrações e o melhor de tudo, podemos desbloquear OS TRÊS GAMES COMPLETOS DA SÉRIE ORIGINAL, COBERTOS DE GLÓRIA E VIOLÊNCIA!

Sim! Esse é o momento de você finalmente terminar um Side scroller das antigas e se tornar UM HOMEM!

UM HOMEM, EU DIGO!

E pensar que esse cara é um dos
bosses mais fáceis no jogo original.

Aliás, devo dizer que faz tempo que não vejo tão bom uso de colecionáveis num jogo. Pois, diferente de outros games onde colecionáveis são dificílimos de achar e não rendem quase nada de recompensa para o jogador, esses colecionáveis não são muito difíceis de achar ou desbloquear e se convertem em ótimas recompensas que aumentam nossa experiência de jogo.

E se acham que estou reclamando à toa, me diga que recompensa você ganhou depois de achar todas as COG tags em gears of war ou as bandeiras de assassin’s creed.

Também tiro meu chapéu para a Namco, que teve as bolas de incluir conteúdo extra num jogo sem cobrar por eles, em um mundo onde cada vez mais as empresas nos fazem pagar por conteúdo extra sem qualidade ou que às vezes JÁ ESTÁ NO DISCO!

SIM, CAPCOM! É COM VOCÊ MESMO QUE ESTOU FALANDO!

Enfim, é bom ver que algumas empresas ainda respeitam os consumidores em vez de cagar na cabeça deles e esperar que aceitem. Parabéns, Namco! Você merece um grande abraço!

E um biscoito.
Pronto, aqui está: um biscoito.


As mecânicas são bastante simples. Rick pode correr, pular, bloquear, rolar e e dar golpes fortes e fracos. O combate é simples mas satisfatório. Você tem basicamente ataques fortes e fracos, mas pode ampliar suas habilidades comprando power ups em troca de sangue. Além dos golpes, Rick também pode usar armas, como canos, cutelos, motosserras e UMA GODDAM SHOTGUN! Essas armas garantem certa vantagem sobre os inimigos, mas quebram com  tempo. Rick  pode acumular sangue dos inimigos, que funciona como dinheiro para a compra de power ups e ativa os movimentos especiais, que são: Splatter Siphoon, uma espécie de filtro que recarrega a saúde de Rick com o sangue dos inimigos, Splatter slash, duas lâminas que saem dos braços de Rick, splatter smash, que um golpe que esmaga os inimigos e cria espinhos de ossos que causam dano, e por último e mais importante, o modo Berserker, que transforma Rick numa besta ainda maior e mais destrutiva e quase impossível de ser derrubada. Esse modo dura um tempo determinado, então você deve usá-lo sabiamente.


Se a coisa ficar feia, é só virar um monstro ainda maior e
descer o cacete em todo mundo.

Há também alguns segmentos do jogo em 2D, que podem parecer incomodos para quem nunca teve contato com essa jogabilidade de ínicio, mas que se tornam bastante divertidas quando se pega o jeito. Também são um alívio necessário da ação e que ajudam o game a fluir.




A trilha sonora é matadora. Rock do melhor e do mais pesado toca durante as batalhas, de bandas como ASG, Municipal Waste, Goatwhore, Lamb of god e Five Finger Death Punch, te enchendo de adrenalina e aumentando ainda mais a ação. E eu garanto que em algum momento você vai se pegar cantarolando a música que toca durante os créditos finais.

Apesar disso, o game tem alguns problemas que não estragam a diversão, mas atrapalham às vezes.  O pior são as telas de Loading. São longas e irritantes e ocorrem sempre que você morre ou muda de cenário. E há partes o jogo em que você deve pular para alcançar um deterinado ponto. O problema é que o jogo não explica muito como você deve pular, e em alguns momentos você sequer entende que precisa pular. O pior é que nessas partes tudo geralmente está desmoronando mais rápido do que você consegue entender o que está acontecendo, o que causa muitas mortes. Juntes dois pontos que realmente atrapalham a aventura e temos um grande problema em mãos.

Há também alguns pequenos glitches e bugs no áudio e animação, que costumam acontecer na cutscenes. Apesar de não serem frequentes, são um tanto incomodas quando acontecem.

Além de tudo isso, temos uma variação pequena de inimigos, e os Splatter Kills, que são finalizações sangrentas ao melhor estilo fatality, apesar de parecerem sangrentas e incríveis de início, se tornam repetitivas com o tempo, e não empolgam muito mais. Não estou dizendo que não sejam legais, apenas a falta de variação foi que deixou a desejar.

Parece legal, mas vai ficar repetitivo bem rápido.

Apesar disso, a crítica “especializada” apresentou problemas como câmera ruim, queda na taxa de quadros,  jogabilidade repetitiva e outros problemas que SIMPLESMENTE NÃO ESTAVAM ALI! Eu não notei nada disso no jogo, e olha que já zerei três vezes!

Outro ponto a acrescentar é que o jogo é curto. Isso não é ruim, na verdade, pois impede que o jogo vá muito além do que deveria e se torne enjoativo, mas deixa um gostinho de quero mais. Se isso é realmente um problema ou não, vai de cada um.

Enfim, isso era tudo que eu tinha para falar sobre o game. Apesar de suas falhas, Splatterhouse é um game ótimo e muito divertido, e seu conteúdo extra, além de gratuito, ainda amplia sua vida útil, mas tudo isso simplesmente passou voando nas cabeças dos críticos, que provavelmente jogaram o jogo por meia hora até cansarem de jogar um título que, em sua opinião, é “inferior”, e cuspiram críticas injustas que impediram um ótimo jogo de conseguir a fama e a venda que mereciam.

Ou talvez a Namco tenha esquecido de suborná-los. Sei lá.

Não estou dizendo que o jogo é perfeito, pois ele tem vários defeitos que atrapalham a diversão de tempos em tempos. Mas é que me dá raiva ver um jogo perfeitamente decente ser tão cuspido e escarrado por imbecis que se dizem profissionais quando na verdade não entendem merda nenhuma sobre o que estão dizendo. Me irritei um bocado aqui, mas acho que me fiz entender.

Enfim, dou a Splatterhouse uma nota 8,5. O game possui alguns problemas que atrapalham a diversão, mas é um ótimo título de ação que definitivamente merece uma chance. E hoje em dia, não é encontrado a preços tão altos. Então, meu conselho é: dê uma chance ao jogo, pois ele merece bem mais amor do que recebeu.

E se você busca um título de ação violento, divertido e descompromissado, vai na fé!

Mas fique longe desse jogo se você não curte jogos de ação, gore ou nudismo.

Bem, por enquanto é isso. Obrigado por ler e, se gostou do blog, siga e divulgue nas redes sociais, e comente aí embaixo também.

Até a próxima!

Fontes:
Happy Video Game Nerd (atualmente Stop Skeletons From fighting): https://www.youtube.com/watch?v=lpVmk9Hi-ek


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Uma análise sincera de "homem aranha superior"



Olá, leitores ( a maioria dos quais vieram parar aqui acidentalmente). Hoje eu vou falar sobre um arco muito polêmico na história do herói aracnídeo: O homem aranha superior.

Para as pessoas que vivem numa caverna  não sabem do que se trata (ou para aqueles que tem uma vida que não consiste unicamente em quadrinhos e em postar suas ideias num blog obscuro) homem aranha superior foi uma fase dos quadrinhos do aracnídeo que durou de 2013 a 2014 nos Estados Unidos e de 2014 a 2015 no Brasil, em que Otto Octavius, para salvar sua vida, troca de corpo com Peter Parker, que acaba morrendo em seu corpo. Octavius, inspirado pelas memórias de Peter, decide continuar seu legado, tornando-se um herói... superior.

Sim. Eu sei o quanto essa premissa parece confusa e imbecil.

O fato é que, quando essa fase foi anunciada, gerou hate absoluto entre os fão do aranha. Sim, eles ficaram tão putos e indignados... que continuaram lendo as revistas do mesmo jeito, reclamando pra quem quisesse ouvir que a Marvel acabou com o homem aranha.

Enfim, a saga chegou, muitos leram, não pararam um minuto pra analisar um pouco a história e foram postar na internet o quanto essa saga denegria ainda mais o aranha e que a Marvel acabou nos anos 80 e toda essa merda que fanboy abilolado saudosista adora cagar pra tudo quanto é canto na internet. Muitos outros nem sequer leram e saíram metendo o pau na saga internet afora e reclamando as mesmas porcarias que os que leram. 

Eu, como fã extremo do herói desde que me entendo por gente (como vocês podem ver na imagem de fundo do blog) mesmo já esperando ler a pior merda já feita na história da humanidade, comprei e li os gibis, e devo dizer que fui positivamente surpreendido. As histórias foram muito boas e devo dizer que achei que são uma das melhores coisas a acontecer ao aracnídeo recentemente.

Claro, a história não é perfeita e tem suas falhas, mas acho que consegue compensar por elas de um jeito bem satisfatório, e hoje eu estou aqui para apontar os acertos e erros da história e tentar fazer uma análise honesta dela.

Antes de começar, eu quero avisar que boa parte do que está escrito aqui foram erros e acertos que eu enxerguei na história, e este é o meu ponto de vista particular depois de ter lido, então você pode não concordar com alguma coisa,mas o importante é que possamos debater racionalmente depois.

Agora, chega de papo furado e vamos em frente.


Pontos positivos:


  A história deu mais profundidade a Otto Octavius.



Sejamos francos, a Marvel nunca se preocupou em dar muita profundidade ao doutor octopus.

Outros vilões, como duende verde, Kraven e até venom tiveram um maior aprofundamento em suas histórias, o que os consagrou como alguns dos maiores inimigos do aranha, mas octopus, mesmo estando nessa lista, nunca teve grande aprofundamento. Pelo menos até onde me lembro, ele sempre foi mostrado como o cientista louco que odiava tudo e todos e ao aranha acima de tudo e acabava apanhando pro herói no final. Ele nunca recebeu muito aprofundamento ou mesmo um arco próprio relevante, como A última caçada de Kraven.

E aqui ele é mostrado com uma tridimensionalidade que pouco vimos antes. Ele finalmente tem a chance de entender suas motivações, seu ponto de vista sobre o mundo, as pessoas da vida de Peter, Sobre o próprio Peter, seu manto e sua responsabilidade. Ele é retratado como alguém não completamente mau, mas apenas uma pessoa sem rumos na vida e que pode aprender com a experiências e pessoas a seu redor e se tornar alguém melhor. Apesar de seus defeitos, ele é uma pessoa normal que comete erros e que pode aprender com eles e melhorar.

Outro aspecto que enriquece a narrativa é que, por mais que Octavius mude, a personalidade do doutor Octopus nunca realmente desaparece, e sua arrogância o faz cometer erros e passar por situações que o fazem mudar seu jeito de pensar e agir, o que torna a história mais crível. Ao fim do arco, Octavius acaba se tornando uma pessoa diferente e nós passamos a nos importar com ele de uma forma que nunca imaginaríamos.


 Trouxe uma lufada de ar fresco para as histórias do herói



Isso é triste, mas temos que concordar: as histórias do aranha estavam estagnadas.

Os roteiros estavam extremamente repetitivos e não iam a lugar algum. Tinhamos a mesma história quase todo mês e alguns arcos bem toscos. Isso sem citar a presença de certa forma frequente do Humberto Ramos na revistas, e acho que a maioria de vocês sabe o quanto a arte dele é atroz.

E Homem Aranha Superior trouxe uma vida nova para as revistas do aranha. A jornada de Octavius para conseguir redenção traz um elemento novo às histórias, pois Otto Octavius tem um jeito de ver as coisas muito diferente de Peter Parker, o que faz a história tomar um rumo diferente do que estaríamos acostumados. Além disso, a jornada de Octavius para se redimir traz um tom novo para as histórias também. É interessante porque o vilão não está meramente buscando redenção, ele assumiu a pele do herói, e ele precisa mudar seu jeito de ser se quiser se tornar alguém melhor, o que também modifica as histórias e traz certos elementos que não veríamos normalmente. Seu modo de lidar com os vilões, ainda que muitas vezes exagerado, também traz algo novo às história.


A volta triunfal do duende verde


Há algum tempo, Norman Osborn andava meio sumido.

Sim, depois de infernizar a vida dos heróis durante o reinado sombrio e de ser preso, ele ficou um tempo sem dar as caras, até que seu corpo “desaparece”.

Mas todos nós sabíamos que ele voltaria.

E isso é que foi retorno! Não só ele consegue organizar um grande exército bem debaixo do nariz do aranha, mas também bola um plano genial para destruí-lo, se beneficiando das ações do próprio aranha contra o crime para atingir seus objetivos. E ele põe seu plano em prática de forma muito inteligente, tanto que o aranha não nota seu retorno até ser tarde demais.

É muito interessante vê-lo pondo seu plano em prática. Ironicamente, é como uma aranha construindo uma teia: Ele vai plantando suas sementes e conseguindo seus objetivos aos poucos, nunca revelando seu plano por completo. Quando Octavius menos espera, já é tarde demais. Isso acrescenta bastante suspense à história e nos deixa mais empolgados para saber o que vai acontecer

Não posso falar muito mais sem dar spoilers, mas garanto que o retorno do duende por si só já faz valer a pena a leitura.


Otto conseguiu lidar com situações que Peter não conseguiria



Esse com certeza é o item que vai gerar mais choro, mas vamos em frente.

Durante a história, vemos Otto Octavius trabalhar de um jeito bem diferente de Peter Parker: ele é mais determinado e estrategista, mas seus meios quase sempre são extremos. E eu tenho que concordar que muitas vezes ele exagerou ao lidar com vilões meia boca como o bumerangue e o abutre, e falo mais sobre isso daqui a pouco, mas ele também se deparou com situações que, convenhamos, teriam deixado Peter num mato sem cachorro,  e conseguiu resolvê-las com perda mínima de vidas, e isso aconteceu porque Octavius costuma analisar os inimigos antes das batalhas, utilizando seus pontos fracos contra eles,e, mesmo quando é pego numa situação inesperada, ele se adapta rápido o suficiente a ela. Além disso, ele conta com outros métodos para ajudar a capturar os vilões, principalmente os aparelhos que cria, que fazem muito bem o trabalho na maioria das vezes.

Não só a abordagem diferenciada de Otto Octavius traz um elemento novo às histórias, como também é interessante que ver que por mais extremos e pouco ortodoxos que seus métodos possam ser, às vezes eles realmente funcionam. Claro que sua arrogância o faz cometer erros graves muitas vezes, mas é interessante ver quão rápido ele consegue inverter ás coisas a seu favor e sair de situações que seriam demais até para o próprio Peter Parker.


A reinserção do homem aranha 2099 no universo marvel


Ok, talvez alguns de vocês não saibam quem diabos é homem aranha 2099, então eu vou explicar brevemente

Nos anos 90, a Marvel decidiu recriar alguns de seus heróis em um mundo com um estilo mais similar aos filmes de ficção científica, num estilo meio Blade Runner, e, assim, nasceu o universo 2099, um futuro paralelo em que a terra é dominada por megacorporações e a tecnologia domina tudo. Muitos personagens, como o hulk, o motoqueiro fantasma e o aranha receberam mudanças não apenas em sua identidade, mas em sua história. No caso do aranha 2099, ele era um sujeito chamado Miguel O’ Hara que trabalhava na corporação Alchemax, num projeto que pesquisava os poderes de Peter Parker, mas um acidente fez com que ele ganhasse estes mesmos poderes e se tornasse o aranha 2099. Ele também possui alguns novos poderes, como garras e uma peçonha derivada de glândulas em seus punhos.

Dei uma baita resumida aqui, mas já me fiz entender.

No entanto, com as baixas vendagens da revista, a marvel decidiu descontinuar a linha, e muitos personagens desse selo, incluindo o próprio O'Hara, acabaram esquecidos.

Então, O’ Hara finalmente volta nesse arco, devido a uma viagem temporal. E o interessante é que ele se lembra de Peter, mas Otto não se lembra dele, o que causa alguns conflitos. Também gostei da maneira como ele foi utilizado no arco. Ele apareceu muito pouco, mas suas participações foram muito boas. E o personagem fez tanto sucesso que acabou ganhando revista própria. Para quem sentia saudade do personagem, vale a pena ler essas histórias antes que a nova mensal seja lançada por aqui.


O final é ótimo


Não há muito o que dizer aqui sem dar muitos spoilers, mas o final é realmente muito bom. Ele nos permite ver o quanto Octavius evoluiu como pessoa, passando de um homem cheio de ódio a alguém disposto a qualquer sacrifício para salvar aqueles que ama. Sua última conversa com Peter também é ótima e é bem capaz de invocar ninjas cortadores de cebolas.

Enfim, vou parar este item por aqui, antes que eu revele demais. É melhor que vocês leiam por si próprios.


Pontos negativos:

Em alguns momentos, a evolução do personagem é simplesmente descartada


Pode parecer que estou contradizendo boa parte do que eu disse nos itens anteriores, mas continue lendo e você vai entender.

Apesar desse arco ter trazido mais profundidade e evolução ao personagem de Otto, há algumas histórias em que essa evolução é simplesmente descartada. Otto passava por alguma situação que o mudava, mas na edição seguinte já voltava a ser o babaca arrogante que era, como se nada tivesse acontecido. Isso era forçado e desagradável, pois, apesar do personagem ter realmente evoluído, os roteiristas pareciam estar com medo de trazer mudanças significativas a Otto em alguns momentos, e pareciam não conseguir decidir qual era o rumo que queriam dar ao personagem. Sei que esse é um mal que acompanha os personagens da marvel e dos quadrinhos como um todo há muito tempo e que é provável que o roteirista tenha sofrido a intervenção da editora em seu trabalho, mas isso não deixa de ser um grande defeito na história.


Encheção de linguiça


Sabe quando você tá assistindo Naruto (ou qualquer outro anime que tenha trocentos episódios), tá gostando dos episódios, aí do nada chega aqueles fillers chatos que demoram um bom tempo pra acabar e atrapalham o roteiro de fluir? mesma coisa aqui.

Há muitos momentos chatos e que não acrescentam nada à trama, que só estão lá pra encher linguiça e atrapalham a fluência da história.

Um grande exemplo disso é o superior venom, em que Octavius se une ao simbionte e enlouquece, tornando-se um problema para todos ao seu redor. Esse foi um momento bastante desnecessário, não acrescentou nada de novo à história, além da ideia ter sido bastante estúpida.

 E isso também vale para vários arcos que ocorrem em outras revistas relacionadas ao arco.  A maior parte das histórias dessas revistas também são inúteis e não acrescentam em nada. Exemplos seria o carnificina superior e quase todas as edições de Superior Spider Man Team-Up.  Não me pronuncio sobre Superior Foes of Spider Man, porque não cheguei a ler, embora algumas pessoas digam ser bom. Se algum de vocês leu as histórias dessa revista (que foram publicadas por aqui na revista A teia do homem aranha) digam nos comentários o que acharam.

Eu acho que, entre os defeitos, esse é um dos piores, porque o arco tem ótimos momentos, mas temos que passar por coisas bem chatas antes de chegar até eles.

Minha dica é: pule estes arcos, especialmente o superior venom. Essas histórias são um saco e você não perde nada deixando de lê-las.


Situações apelativas e forçadas


Esse, junto com o próximo item, com certeza foi um dos fatores que mais afastou leitores.

Acontece que, no início do arco, a mudança de Peter para Octavius é apresentada de maneira brusca e apressada.  Octavius usa métodos extremos para lidar com os vilões, mas isso chega ao nível de ser forçado, porque eles exageram demais na tentativa de mostrar que o aranha mudou e está mais agressivo (acho que a imagem acima já dá uma boa ideia), e a esse ponto ainda não estamos acostumados com Otto no corpo de Peter. Diabos, ainda não nos CONFORMAMOS com isso! então, seria melhor essa mudança ter sido apresentada com mais calma, em vez de já começar deturpando o aranha de vez.

Teria sido bem mais interessante se Octavius descobrisse uma humanidade dentro dele que não conhecesse, e ficasse em conflito se abraça essa nova humanidade de vez ou continua seguindo seus instintos de vilão, e isso também o deixaria em dúvida sobre como lidar com determinados vilões, o que poderia gerar situações inesperadas. Seria uma forma bem melhor de fazer com que nos acostumássemos a essa mudança, e teria dado ainda mais profundidade a Otto. Seria mais bem executado, e eles não precisariam mudar completamente a personalidade dele, pois ele ainda ser um pouco arrogante daria um toque extra às histórias, pois mesmo que tivesse mudado, ele ainda é Otto Octavius e sua personalidade não some por inteiro.

Em vez disso, o roteirista resolveu mostrar essa mudança de forma exagerada e extrema, gerando situações desnecessárias que nem tiveram tanta importância na trama mais à frente, o que desencorajou muitas pessoas a lerem.


As primeiras edições são um teste de paciência


Eu li o arco todo, mas não posso culpar quem desistiu no começo.

Porque? porque o começo é um saco.

O roteiro é fraco e chato, a introdução de Otto é forçada e as situações são desnecessárias. Perde-se muito tempo com momentos tediosos e inúteis. Já falei sobre os momentos desnecessários, então falar mais sobre isso seria chover no molhado.

Eu recomendo que vocês comecem a ler a partir da batalha mental entre Peter e Otto (edição 5 nas mensais brasileiras e edição 8 nas americanas), pois é a partir desta que a história começa a ficar realmente boa. Mas evitem o início, porque é chato o suficiente pra fazer qualquer um desistir de ler.


Concluindo, eu sei que Homem Aranha Superior tem muitas falhas, mas acho que os ótimos momentos e a renovação que a história traz já valem a pena ler. Até mesmo os momentos ruins podem ser ignorados, já que muitas vezes não fazem diferença no plano geral das coisas. Então, eu recomendo este arco. É realmente algo único e acho que recebeu muita injustiça de pessoas que nem se preocuparam em ler. Mesmo com suas falhas, a história consegue ser satisfatória e com certeza vale a lida. Então, dê uma chance ao quadrinho e tire suas próprias conclusões.

Obrigado por ler o post e lembre-se que o blog está em seus primórdios. Se você gostou da postagem, siga, comente, curta a Página no Facebook e divulgue o blog para os amigos.

E, a seguir, nosso bruto de máscara de hóquei favorito!

Não, não estou falando de Jason Voorhees.

Vocês verão.

Até a próxima!